Com o passar do tempo, as empresas acabam trilhando um destes caminhos: ou ficam estagnadas (e são ultrapassadas pela concorrência) ou crescem. O segundo, claro, é o mais desejado pelos empreendedores – mas pode ser muito desafiador, afinal, o crescimento não é automático e nem se sustenta sozinho: ele depende de um amadurecimento contínuo por parte dos gestores e de suas equipes, e deve ser buscado ativamente, superando os inevitáveis desafios que vão surgindo.
Hoje vamos falar de 3 casos de empresários que conseguiram expandir suas operações e podem inspirar você em sua jornada!
Gustavo Pavin (Farofa Sobradinho)
Gustavo Pavin é sócio-proprietário da Farofa Sobradinho e teve seu primeiro contato com o empreendedorismo quando ainda era criança: sua família possui um restaurante há 36 anos, no município de Colombo. “Eu nasci atrás de um balcão, lido com isso desde os 4 anos de idade”, relembra Gustavo.
O trabalho no restaurante deu base a muitas experiências: “A gente entende sobre alimentação, sobre as pessoas e sobre o que elas querem.”
E foi prestando atenção nos desejos do público que surgiu a ideia de vender a farofa (“todo mundo pedia pra levar pra casa”, conta Gustavo), uma operação que não para de crescer. Hoje, além de Colombo eles atendem Curitiba e Região, e cidades do litoral paranaense, de Santa Catarina e do interior de São Paulo.
Como se trata de um produto premium, a expansão é desafiadora. “Quando o Sebrae estava me ajudando, um dos técnicos perguntou: ‘você quer fazer uma farofa que vai estar lá na prateleira a 3 reais e produzir 1 milhão de pacotes por dia? Ou você entende a qualidade do seu produto, entende que é gourmet, e vai vender a um preço sustentável para sua empresa crescer?”
Familiarizado com os desafios de empreender, Gustavo reconhece a importância do bom planejamento, da dedicação e da paciência – ingredientes que não podem faltar em um negócio que pretende crescer.
Eliz Silva (DheyMax Farmácia de Manipulação)
Em um setor em franca expansão e, também, bastante regulamentado, é preciso estar sempre atento ao mercado.
Esse é um dos segredos da Eliz Silva, proprietária da DheyMax Farmácia de Manipulação: tanto as associações do setor quanto os próprios clientes acabam fornecendo informações valiosas para guiar o crescimento da empresa. E, segundo Eliz, há mais uma boa fonte de insights. “Todo dia a gente aprende com a concorrência. Ela se torna parte das oportunidades: eu vejo o que o outro fez e procuro fazer melhor”, explica.
Mas é preciso colocar as coisas em perspectiva ao analisar outras empresas. “Usar a ‘régua do vizinho’ para medir o próprio crescimento é um erro comum”, alerta a empreendedora. “Você não pode comparar o seu começo com o meio de alguém.”
Cada empresa tem um ritmo para crescer, mas todas demandam dedicação e constância. “Pequenas ações com alto impacto”, a tagline do ALI (Agentes Locais de Inovação do Sebrae), do qual participou em 2019, é um conceito que Eliz aplica na DheyMax até hoje. “O empresário tem que fazer o que está ao seu alcance, ali onde ele está. E isso, com o tempo, vai gerar impacto.”
Na sua trajetória, a rede de apoio formada pela família ajudou (e tem ajudado) a colocar isso em prática. “Ter que dar conta de tudo ao mesmo tempo pode ser pesado, custoso emocionalmente e mentalmente. Para mulheres, em especial, a rede de apoio faz muita diferença.”
Claudia Figueiredo (Sunshine Persianas)
Sacrifício e perseverança fazem parte da trajetória da Sunshine Persianas, fundada pelos pais da empreendedora Claudia Figueiredo.
“No começo, a empresa era a Vertical Clínica de Persianas. Certa vez, meus pais pegaram persianas muito antigas para lavar e, no processo, elas desmancharam”, recorda. Mas, ao invés de desanimar diante da situação, eles resolveram o problema e encontraram uma oportunidade de negócio.
“Meu pai viajou até o Rio de Janeiro para buscar tecidos e mecanismos diretamente com fornecedores. E então providenciaram peças novas para o cliente. Nisso, viram o potencial do mercado.”
Não foi fácil, pois a empresa exigia muita dedicação, e nos primeiros anos os dois tiveram que sacrificar tempo de convívio com as filhas. Hoje, são 39 anos de empreendimento, que continua a crescer, com Claudia à frente – sempre buscando inovar para responder às demandas dos consumidores.
A concorrência desleal, de produtos extremamente baratos e de baixa qualidade, pode atrapalhar. Para fazer frente a isso, a Sunshine foca na alta qualidade dos produtos e na excelência do atendimento, isso inclui o fortalecimento de revendedores com treinamento e orientação, para que consigam lidar com objeções trazidas por clientes. Uma dica de ouro dessa empreendedora? “Demore para contratar, mas demita rápido” – é preciso ser seletivo na hora de montar o quadro da empresa. Uma boa contratação agrega muito; uma má, por sua vez, pode trazer grande prejuízo”
Essas histórias inspiradoras reforçam a necessidade de se adaptar e investir no seu projeto, e o Sebrae está a disposição para te acompanhar nessa jornada.
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