Quando o verbo empreender é usado, muitos podem pensar que se trata apenas de iniciar um negócio e abrir uma empresa. Entretanto, o empreendedorismo vai muito além disso, ele está ligado com a posição e a conduta que o dono do negócio adota em determinadas situações.
Pensando nisso, a Comunidade Sebrae separou alguns tópicos para explicar melhor qual o conceito de empreender e como está a situação no Brasil. Para entender mais, continue na página e aproveite a leitura!
De maneira geral, o empreendedorismo está ligado com a forma que o empresário identifica os problemas e os transforma em oportunidades para o seu negócio, sejam esses já existentes ou que estão sendo previstos pelo mercado. Assim, ele analisa a situação e busca desenvolver soluções para os potenciais clientes.
Nesse sentido, o ato de empreender está diretamente ligado com os movimentos de mudanças que tragam real impacto para o cotidiano.
Segundo o teórico Joseph Schumpeter, o conceito de empreender está diretamente ligado com a inovação, portanto, o empreendedor se torna responsável pela realização de novas ações e combinações para o negócio, inovando e trazendo ideais como:
novos métodos para os meios de produção;
um novo meio de comercialização;
exploração de novos segmentos com novos projetos.
Mas, claro, as ideias podem ir muito além disso. De forma resumida, podemos dizer que empreender, então, é a percepção e o aproveitamento das ideias a seu favor.
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O Brasil tem um grande desempenho quando se trata de empreender, segundo a GEM (Global Entrepreneurship Monitor), em 2019, a taxa do empreendedorismo era de 38,7 milhões, a segunda maior taxa desde 2002, quando atingiu 53,4 milhões de brasileiros atuando em seus próprios negócios.
Além disso, vale ressaltar que, nos últimos anos, empresas com mais de 3,5 anos cresceram consideravelmente em território nacional. Sendo uma pesquisa realizada pelo Sebrae sobre as taxas de empreendedorismo em 2021 foram as seguintes:
Tempo da Empresa | 2020 | 2021 |
---|---|---|
até 3 meses | 10,2% | 10,2% |
3 meses - 3,5 anos | 23,4% | 21,0% |
até 3,5 anos | 13,4% | 11,0% |
+ de 3,5 anos | 8,7% | 9,9% |
Assim, podemos analisar que mais empreendedores conseguiram se estabelecer no mercado, a partir de mais de três anos e meio de empresa. Portanto, se analisarmos a fundo, podemos identificar que estão conseguindo, de fato, solucionar problemas e lidar com as dificuldades apresentadas, empreendendo corretamente.
O número de novas empresas continua o mesmo, o que é algo positivo, visto que muitos ainda têm essa vontade. Entre esses dados coletados, 46% dos brasileiros têm interesse em abrir o seu próprio negócio, assim, a chance do empreendedorismo aumentar nos próximos anos é alta.
Como vimos, em 2019, o país teve um pico de novas pessoas empreendendo. Essa taxa se elevou, já que o país enfrentou dados alarmantes de desemprego, terminando o ano com cerca de 13,4 milhões desempregados no Brasil.
Esse foi o grande fator de estímulo, uma vez que atuar em um negócio por conta próprio foi a única saída para muitos brasileiros.
Para abrir um novo negócio, podemos dizer que existem dois fatores, ou seja, o indivíduo só busca empreender por conta de:
Oportunidade: ele se prepara para isso, tem desejo e vontade de abrir seu próprio local de trabalho. Muitas vezes, ele se prepara para isso e tem uma preparação em cima do produto ou serviço a ser comercializado;
Necessidade: é o tipo mais comum no Brasil. As pessoas abrem as portas para um novo ramo por conta da falta de oportunidade de trabalho.
Em 2020, o motivo que as pessoas buscavam empreender foi mapeado da seguinte maneira: 50,4% foi pela necessidade de trabalho e de melhores condições, já no ano seguinte, o número baixou para 48,9%. Assim, a taxa por vocação e determinação por opção aumentou. Mas, ainda assim, é uma taxa relativamente alta.
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Por mais que venham sendo realizadas melhorias para empreender, ainda é um ato muito complexo, com muitos desafios, principalmente no início, quando se está abrindo um negócio. Confira alguns dos desafios encontrados:
Burocracia: um dos países mais burocráticos do mundo, demorando cerca de 100 dias para que a pessoa abra seu estabelecimento, em países de primeiro mundo, essa média é de 5 dias;
Impostos: também é o país com mais impostos a pagar, uma lista gigante, dificultando muito a vida de um microempreendedor, por exemplo. Caso não pague, acarreta vários problemas judiciais;
Falta de recursos humanos: por mais que o país tenha milhares desempregados, poucas pessoas têm uma formação ou experiência nas áreas necessitadas, o que dificulta a busca por profissionais capacitados.
Confira também: como começar o seu negócio imediatamente.
Portanto, empreender necessita de um pensamento mais crítico, entendendo quais as necessidades e buscar por soluções inovadoras. Se analisarmos os números, boa parte dos empresários estão conseguindo se adequar e manter no mercado, buscando novas formas.
Esperamos que tenha gostado desse conteúdo e, para entender mais sobre empreendedorismo e conceitos de mercado de trabalho, continue seguindo a Comunidade Sebrae.
Um abraço, Bianca Becker / @biabecker