As
escolhas dos empreendedores de menor porte, que somam 25,9 milhões de pessoas, poderão fazer a diferença no resultado
das eleições. O candidato que melhor souber se comunicar com esse grupo terá
mais chances de ser eleito, já que qualquer política macroeconômica de retomada
precisará envolver esse grupo.
Gerando uma renda de cerca de R$ 420 bilhões por ano, segundo o recém-lançado Atlas dos Pequenos Negócios, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a relevância econômica dos Empreendedores de Micro e Pequeno porte não para de crescer. Vem deles R$ 35 bilhões por mês injetados na economia brasileira, R$ 11 bilhões só de Microempreendedores Individuais (MEIs).
Cenário Econômico Atual
O cenário econômico atual é
marcado por questões de alta inflacionária, que tendem a causar risco de
estrangulamento financeiro e aumentar o nível de endividamento das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) impactando tanto no aumento de custos quanto na diminuição de demanda, já que a
alta de preços afeta o poder aquisitivo da população.
Nos últimos 12 meses, a inflação do Brasil, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulou alta de 11,7%. E não só há o aumento da inflação, mas também crescem o número de categorias de produtos e serviços impactados pela mesma. Em abril, o índice de difusão da inflação chegou a 78,7%. No mesmo período do ano anterior, este índice estava em torno de 60%.
Embora haja uma retomada no nível de confiança do empresário, com a suavização de algumas questões produtivas em relação ao impacto da pandemia, o potencial de demanda, atrelado à diminuição do poder de consumo da população, e, portanto de potencial de faturamento segue uma preocupação no curto e médio prazo.
Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre abril e maio de 2022, embora seja observado uma recuperação no nível de faturamento, microempreendedores individuais ainda enfrentam perdas de faturamento de cerca de 29%, e as micro e pequenas empresas sofrem com redução em média de 14%.
Ainda, de acordo com a mesma pesquisa, 59% dos pequenos negócios tem mais de um terço dos custos mensais comprometidos com dívidas e empréstimos. Entre os Micro Empreendedores Individuais (MEIs), é ainda maior: 67%. O cenário de endividamento, aliado à queda de faturamento, faz com que um fator central de preocupação no cenário atual das MPEs seja a sua saúde financeira.
Dessa forma, no panorama das eleições 2022, propostas para o controle e suavização da inflação, melhoria do grau de endividamento das empresas, estímulo ao poder aquisitivo da população dentre outras - têm o potencial de impactar positivamente o cenário econômico para as MPEs.
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