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Alternativas para a MPE driblar a Inflação

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Alternativas para a MPE driblar a Inflação
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Criado em 28 SET. 2022
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A pandemia atingiu fortemente as pequenas empresas, porém, agora durante o período de retomada econômica, a inflação é o principal fator que tem prejudicado a recuperação desses negócios. Segundo levantamento da 14ª edição da Pesquisa Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios, somente 3% dos empreendedores ainda veem a pandemia como um problema.


       



Inflação no Brasil


O novo relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que a inflação do Brasil segue entre as maiores do mundo e bem acima da média das grandes economias do mundo.


      



O mercado reduziu pela 3ª semana consecutiva a projeção da inflação de 2022. De acordo com o Boletim Focus do Banco Central (BC) divulgado no dia 18 de Julho, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar em 7,54% neste ano. Para o ano que vem, a estimativa é de 5,20%. 


      

   


Com a alta da inflação, os reajustes de aluguéis, combustíveis, energia elétrica e matérias-primas têm tido um elevado impacto no caixa das micro, pequenas e médias empresas. No acumulado do ano até junho, o IPCA subiu 5,49%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados no indicador, oito tiveram altas de preços no mesmo período.

  • O segmento de vestuário teve a maior inflação no acumulado do ano até junho: 9,14%.
  • Alimentação e bebidas teve a segunda maior alta de preços no acumulado do ano até junho: 8,42%. Os  alimentos in natura se destacaram entre os itens que mais tiveram aumentos de preços nos primeiros seis meses do ano.
  • O grupo de transportes teve a terceira maior inflação no acumulado do ano até junho: 7,38%. Dentro de transportes, as maiores altas dos subitens foram de óleo diesel (33,39%), gás veicular (23,90%) e seguro de veículo (23,61%);
  • No acumulado do primeiro semestre, também houve aumentos nos grupos de artigos de residência (7,09%), educação (6,24%), saúde e cuidados pessoais (5,87%), despesas pessoais (3,55%) e comunicação (2,26%).



Alternativas - Atuação do Varejo Alimentar



Com inflação, o brasileiro segue tentando driblar o aumento de preços no varejo alimentar e continuam comprando menos produtos, mas gastando mais. Segundo os dados do Radar Scanntech, nos últimos 3 meses o fluxo de consumidores nos Supermercados e Atacarejos se manteve estável, mas as vendas caíram.


      



A busca por preços mais baixos faz o número de atacarejos subir. Esse tipo de comércio se popularizou em Curitiba e região metropolitana e em outras cidades pelo Brasil também. Embora os descontos não sejam tão expressivos, é uma forma de economizar um dinheiro no final do mês, especialmente os pequenos comércios de bairro que efetuam as compras em grande volume para revenda.


Além disso, o segmento de bares e restaurantes foi um dos mais impactados pelas restrições na pandemia e agora, com a inflação alta, enfrentam mais um desafio. Alguns restaurantes têm adotado medidas para reduzir os custos e evitar o repasse do aumento aos clientes. Dentre as alternativas estão:

  •    Reduzir a variedade do cardápio;
  •    Trocar insumos;
  •    Diminuir margem de lucro;
  •    Substituir proteínas;
  •    Controlar o rendimento dos ingredientes;
  •    Priorizar verduras e legumes da estação, etc.
  •   Aumentar o preço tem sido o último recurso por enquanto, devido a possibilidade de efeito reverso no faturamento dos restaurantes, levando a uma redução do consumo.


Alternativas Re-Commerce


Re-Commerce são produtos usados e reformados que voltam para o varejo em novo formato de venda, em lojas focadas neste tipo de negócio. O Re-Commerce traz oportunidades de bons negócios para empresas e principalmente para o consumidor final que consegue, na recompra, consumir produtos de forma mais acessível. O novo modelo de negócio está dentro da chamada economia circular que é caracterizada pela reutilização de recursos e por um consumo mais consciente. Dessa forma, essa maneira de fazer comércio:


          


Outro benefício do re-commerce é driblar os altos preços que se veem em tempos de inflação mais alta e continuar a fidelizar clientes, que já conhecem a qualidade dos produtos das marcas.


                 



Alternativas - Cashback


Trata-se da devolução de uma porcentagem do valor do produto ou serviço ao próprio cliente. A popularização deste recurso tem trazido bons resultados para as empresas. A prática:

  •    Aumenta a atração de consumidores;
  •    Fideliza clientes mais antigos;
  •    Diferencia a marca das demais. 

Cupons de desconto e cashbacks movimentaram, no último ano, mais de 7 bilhões de reais. O Cashback é hoje uma das principais funções da carteira digital e de sites de compras. O recurso ajuda a equilibrar as finanças pessoais, visto que a porcentagem de retorno de algum produto ou serviço significa dinheiro extra para usar em outras despesas. Segundo estudo realizado em 2021 pelo MKT House Lab:


      



Segundo artigo publicado pelo Sebrae, uma maneira das pequenas empresas implementarem esse tipo de serviço é trabalhando diferentes porcentagens de cashback para produtos ou serviços distintos. Se algum produto da empresa não estiver tendo giro de vendas, praticar uma porcentagem maior de cashback sobre ele pode ser o atrativo para que os clientes ajudem a empresa a reduzir os estoques, sem com isso reduzir significativamente suas margens de lucro.


A forma mais fácil de implementar um cashback na empresa é a partir da contratação de uma empresa especializada nesta solução. A empresa também pode optar por utilizar softwares de gestão e, em último caso, realizar a gestão manual do cashback



Alternativas - Reduflação


Trata-se de um termo utilizado para a redução na quantidade dos produtos ou até mesmo na qualidade do produto para manter o preço. Com o aumento de custo de muitas matérias-primas, algumas indústrias tentam fazer alguma mudança na produção para não transferir essa alta de custos para o consumidor.


      


      



Outros produtos como pacote de queijo ralado, que caiu de 50g para 40g, refrigerantes em lata que passaram de 350ml para 310ml, também sofreram reduções em suas embalagens. Esse artifício é comum em períodos de inflação alta, onde o preço dos produtos e serviços são afetados e, com o aumento de custos, o poder de compra da população também cai. A prática evita o desgaste de reajustar frequentemente o preço de venda e mantém a competitividade no mercadoMesmo que esta não seja uma prática ilegal, pode ser mal vista pelos consumidores, por isso as alterações devem obedecer certos critérios. Por lei, as empresas têm obrigação de avisar na embalagem quando houver uma redução.


As indústrias precisam se atentar às regras da mudança e sinalizar nas embalagens as alterações realizadas:

          



Dicas do SEBRAE para você:

  


Convido você a ler também o post que escrevemos na Comunidade de Crédito sobre a Saúde Financeira das MPE's Brasileiras e que poderá ser bastante útil.


avatar ELMO SILVEIRA DE SOUZA
Elmo Silveira De Souza
Sou colaborador do SEBRAE/PR há mais de 19 anos. Tenho atuado em diversos Projetos e Atividades relacionadas a Inteligência Competitiva, Gestão do Conhecimento e Planejamento Estratégico. Atualmente trabalho na Unidade de Gestão Estratégica - Núcleo de Inteligência e Conhecimento. Sou bacharel em Administração de Empresas; MBA em Gestão de Negócios com ênfase em Micro e Pequenas Empresas; MBA em Desenvolvimento de Ambientes Empresariais e Projetos Setoriais e MBA em Marketing e Vendas.favorite_outline Seguir Perfil
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