Nas interações com futuros empreendedores aqueles que estão pensando em ter um negócio e empreendedores que vem em busca de conhecimento e renovação em sua empresa a pergunta crucial que faço é: para quê mesmo você tem um negócio? Na maioria das vezes não há uma resposta imediata e a elaboração da resposta demanda reflexão. Você já pensou sobre isso? Qual a sua resposta a essa pergunta?
Não importa o nome que você dê missão, propósito ou qualquer outra a questão é: empresas precisam dar lucro e precisam fazer sentido para o empreendedor. Sem esses dois requisitos um negócio não se viabiliza enquanto empreendimento. Afinal, como ela vai dar lucro e cumprir sua função social de movimentar a economia se o consumidor não vê valor no que está sendo ofertado, porque o empreendedor não sabe o que aquele negócio significa para ele?
Na mesma linha do se você não se ama como quer que alguém lhe ame?.
Como o empresário quer que seu negócio seja reconhecido e valorizado, vendendo o que oferta, se ele mesmo não sabe o porquê tem aquela empresa? Um completa o outro. Quanto mais eu, como empreendedor, sei sobre meu negócio e trabalho para tornar visível o que me motiva a atuar, demonstrando valor ao consumidor, mais o meu negócio se desenvolve, cresce e dá lucro.
Ou seja, quanto mais eu, empreendedor, me posiciono como líder em minha empresa e, assim, lidero pessoas e o mercado, mais resultados positivos o empreendimento vai proporcionar. Além do lucro, questão não negociável em uma empresa (mesmo as sociais!), resultados são, por exemplo, geração de emprego, inovação, solução de problemas, benefícios à comunidade do entorno, novos produtos, entre tantos outros possíveis.
Nesta quarentena, provocada pelo Covid-19, muitos e excelentes resultados de liderança foram efetivados. Afinal, um líder sabe que sua empresa está para dar lucro, mas também está para promover a diferença onde atua. Ele sabe qual a missão, qual o propósito. Ele sabe porque tem um negócio. Mesmo que naquele momento o negócio não ofereça o mesmo produto ou serviço, ele mantém o sentido de existir, de fazer parte daquela sociedade como um elo produtivo e atuante.
Patricia Favorito Dorfman
Jornalista, consultora nas áreas de empreendedorismo, marketing e comunicação. Movimento Tava Pensando. Minha crença é nas pessoas, só elas podem fazer mudanças!