As rochas ornamentais estão cada vez mais populares, destinadas a diversos usos, desde decoração, a saúde, usada por exemplo, em instrumentos de massagens para o rosto indicados por diversos dermatologistas.
O Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), inclusive, assinou um convênio setorial com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O acordo deve impulsionar ainda mais o setor, que promete crescer ainda mais.
Em 2021, o faturamento no primeiro semestre foi de quase US$ 600 milhões, um aumento de quase 50% em relação ao ano anterior, que havia sofrido grande queda, devido à pandemia. Os principais compradores das rochas ornamentais do Brasil são Estados Unidos, China e Itália. Enquanto os Estados Unidos consomem rochas manufaturadas, a China e a Itália investem mais em rochas brutas.
As projeções da Centrorochas apontam para um faturamento de mais de R$ 1 bilhão em 2021. Os estados que se destacam nas exportações são Espírito Santo, com mais de 80% do total, e Minas Gerais, com pouco mais de 10%. Uma menor produção se encontra no Nordeste do Brasil, com Ceará e Bahia sendo responsáveis por menos de 5% do total.
É gerado um grande número de empregos diretos e indiretos pelo setor. No Espírito Santo, quase 80 municípios participam do setor de diversas formas, não somente possuindo jazidas, mas também com indústrias e até marmorarias. O setor é responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
O presidente do Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas), indica que ainda é preciso promover muitas melhorias na logística das exportações.
O fluxo de contêineres precisa melhorar para que fiquem disponíveis mais equipamentos para transporte. Como o Espírito Santo não tem um porto de águas profundas, é preciso usar o porto de Santos para escoar a produção.
As rochas brasileiras só perdem em exportação como minérios para o ferro, o ouro, o cobre e o nióbio. As rochas ornamentais vão ganhando cada vez mais espaço com o quartzito, que apresenta características importantes como dureza e pode ser bastante usado na arquitetura. Sobras das rochas das obras também têm sido reaproveitadas em um movimento de sustentabilidade, para fazer tábuas de corte ou pratos para refeições.
Outro mercado em potencial é o de pedras para uso na pele. Um dermatologista pode utilizar, tanto pedras, como rollers, feitos de quartzo no tratamento ou recomendar o uso em casa. Esses rolinhos ganharam popularidade nos Estados Unidos e na Europa, recentemente. Ele consiste em um rolinho de pedras preciosas como o quartzo rosa e a jade..