A pandemia do coronavírus veio para mudar completamente a sociedade como a conhecemos. Um dos principais motivos foi por causa do isolamento social que fez com que as pessoas pedissem mais produtos via delivery. Segundo uma pesquisa do IFood, em março de 2020, cerca de 40% dos entrevistados pediam delivery diariamente, e ao longo da pandemia o número saltou para 66%. Além disso, os percentuais ainda mostram que os aplicativos de entrega foram a principal forma de comprar e pagar por refeições, sendo que 93,7% dos usuários fizeram transações por meio deles. Isso ocasionou em um crescimento de 60% dos profissionais envolvidos nesse setor. Se compararmos com 2016, os motoristas ou entregadores de app no Brasil eram de 840 mil, e atualmente o número chega a 1,4 milhão, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Independente do motivo da alta de profissionais relacionados ao setor, é importante repararmos que a pandemia trouxe uma nova forma de consumo para os usuários que pareceu ser mais que bem-vinda por grande parte da sociedade. Nesse caso, a dúvida permanece: devo optar por entregadores de aplicativos, ou contratar um próprio? É uma conta que deve ser feita com muito cuidado, porque não é sempre que ter um profissional por aplicativo vai compensar mais do que um que use um carro seminovo, por exemplo, para trabalhar. Além disso, para se ter uma frota própria é necessário registrar o profissional em CLT e cumprir com a lei corretamente. Atualmente, existe a possibilidade da contratação por meio de CNPJ, ou Microempreendedor Individual (MEI), que também permitem que o motorista apesar de trabalhar para você, não tenha necessariamente vínculos empregatícios. Essa modalidade de contratação, permite elaborar contratos mais brandos que trazem mais vantagens para ambos os lados. É importante lembrar que ainda tem que ser seguido algumas regras à risca, ou isso pode render um processo nada amistoso. Fora isso, também precisa ser levado em consideração o investimento inicial para a compra dos equipamentos necessários para uma frota própria, além do tempo de implementação do serviço de entregas, do treinamento e contratação de profissionais. A economia a longo prazo que é ter um entregador próprio pode compensar, porque no aplicativo, a cada pedido, é retirado uma porcentagem de cerca de 30% sobre o valor do seu pedido, enquanto com o entregador próprio, o custo se torna fixo por entrega e distância percorrida. A melhoria no atendimento é nítida, porque nem sempre os entregadores por aplicativos fazem o serviço com qualidade, além de você ter a oportunidade de fazer as entregas do jeito que achar melhor, sem precisar seguir um padrão. Porém, os entregadores por aplicativos também possuem as suas vantagens. Com um custo de implementação praticamente zero não é necessário um investimento inicial tão grande. Além de ser facilmente implantado em qualquer negócio, considerando que se trata de um serviço já consolidado. Além disso, sem essa preocupação na entrega, você pode focar mais no seu negócio e trazer uma experiência diferenciada para os seus clientes, como investir no catálogo, ou cardápio, dependendo do seu serviço. Com tudo isso, o ideal mesmo é procurar ver o que mais faz sentido para a sua empresa e principalmente para o momento em que você está, e dessa forma tomar a atitude mais assertiva de acordo com a sua realidade, a sua proposta e aonde quer chegar. E você, qual modalidade usa? Deixe nos comentários a sua experiência!