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Tijolos do Futuro: O Impacto dos Pneus Inservíveis no Empreendedorismo dos Novos Tempos
Segundo Najberg, Tete e Borges et al (2014, p.2):
“O desenvolvimento sustentável procura integrar o tripé social-econômico-ambiental, harmonizando rentabilidade financeira e crescimento econômico com a justiça e o bem-estar social, a conservação ambiental e a utilização racional dos recursos naturais.”(NAJBERG; TETE; BORGES; et al, 2014, p.2)
Balizando-se nas premissas explanada pelos autores do livro “Empreendedorismo Sustentável” em sua primeira e única edição, é que começaremos a tecer sobre uma breve introdução da problemática de algo rotineiro nosso : Os Pneus. Isso, os mesmos que todos os veículos de duas ou três ou quatro - ou mais rodas -, possuem. E fazem rodarmos o mundo que quisermos (Se não houver inflação, brincadeiras à parte).
Criado por duas célebres figuras conhecidas pela marca que deixaram – em duplo sentido -, nasceu o Pneu através do Escocês John Dunlop, um veterinário que buscava de forma despretensiosa aprimorar o conforto e eficiência da bicicleta de seu filho. Todavia, Charles Goodyer: Norte-Americano da Era vitoriana, aprimorou o processo de fabricação de pneumáticos que o Escocês Dunlop iniciara.
Passados séculos, com advento da fabricação em massa dos automóveis fomentada pelo grande empresário norte-americano: Sr. Henry Ford, os pneus e veículos viraram “grandes parceiros”. Todavia, mal pensara naquele período de 1900 – no caso, Ford -, que o caminho que abriria com a venda industrial de veículos automotores à um preço acessível, seria, um dia mais tarde como nós: Fadados à sucatas. Mas, vejamos. Pensando em sucatas, a mesma é utilizada de forma vulgar no nosso linguajar. Provém do latim Succatum : Aquele que é resíduo, resto. Mas, não é bem assim. Retomando, assim como nós seres humanos, o pneu possui seu ciclo de vida. Mas ele, bem longe da morte : Só inicia outra jornada.
Como assim? Bem, quando falamos “sucata”, estamos utilizando uma linguagem “vulgar e equivocada” para os mesmos – no caso, os Pneus –, visto que os mesmos sendo chamados de “inservíveis” possuem sua vida prolongada. E será este ponto que será citado à posteriori.
Com advento do que citamos no início do “artigo” despretensiosamente, temos a onda justa e sustentável em prol de um mundo melhor. Como citado pelos autores Najaberg; Tete; Borges; et al (2014), há como se criar ou concatenar um tripé: Economia-Sustentabilidade-Ambiental.
Mas como assim?
Bem, os mesmos querem dizer que há como utilizarmos de formas inteligentes e empreendermos com o que muitos chamam de “sucata”. E uma delas é o Pneu dito Inservível.
Você deve estar se perguntando a onde quero chegar…E, tem toda razão: Vamos iniciar sem mais delongas algo que precisamos explanar para todos empreendedores orientados pelas causas sociais e adeptos da inovação e tecnologia disruptiva que os locomovem.
Segundo a Revista Haus (2017), os Pneus podem ser utilizados na fabricação de tijolos e orientados para uma área completamente diferente da sua criação inicial. É como cita um trecho de uma matéria veiculada no site da Revista, na qual narra a fabricação de um tijolo ecológico criado pelo Empresário Inácio José O. Neto, conforme segue abaixo descrevendo de forma breve a cocriação do Pneu para outros fins :
“Feito a partir de pneus triturados, o tijolo ecológico desenvolvido pelo empresário Inácio José O. Neto é mais leve do que o tradicional e pode ser usado tanto para fins estruturais quanto de vedação, de acordo com a quantidade de borracha utilizada na fórmula. Outras vantagens do bloco referem-se ao conforto térmico e acústico que ele proporciona aos ambientes e ao fato de as peças não serem inflamáveis.” (HAUS, 2017).
Para o blog SustentArqui (S/D), o tijolo ecológico feito de Pneumáticos Inservíveis provém de um processo no qual narra com mais detalhes do que a Revista Haus (2017):
“Os pneus descartados podem ser reciclados ou reutilizados para diversos fins. O uso de granulos de borracha na engenharia civil envolve diversas soluções criativas, em aplicações bastante diversificadas, tais como, amortecedor de campos de futebol com grama sintética, pistas de atletismo, pisos de academia de ginástica, elemento de construção em parques e playgrounds, quebra-mar, obstáculos para trânsito e, até mesmo, recifes artificiais para criação de peixes.” (SUSTENTARQUI, SD).
Em suma: O que muitos chamam de “lixo” ou “sucata”, possui seu espaço no desenvolvimento econômico sob uma óptica mais sustentável e humana. Afinal, você já imaginou se todas as toneladas produzidas de resíduos sólidos – como os Pneus inservíveis -, fossem parar na natureza o caos que seriam ? São mentes como a de José O. Neto e outros mais que é fortalecida a cultura de que existe um espaço muito amplo para utilização de quaisquer tipos de resíduos – equivocadamente o que chamamos de lixo, ou sucatas -, sem levar em conta o trabalho que há por de trás desses arrojados empreendedores sociais que fazem um bem para natureza, assim, como para o desenvolvimento social, econômico e sustentável.
E você, já parou para pensar em fazer parte dessa onda?
REFERÊNCIAS
NAJBERG, Estela; TETE, Marcelo F.; BORGES, Marcos M.; et al. Empreendedorismo Sustentável - 1ª Edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2014. Acesso em: 3 set. 2024
REVISTA HAUS. Tijolos ecológicos são opção para construções sustentáveis. Disponível em: https://revistahaus.com.br/haus/sustentabilidade/tijolos-ecologicos-sao-opcao-para-construcoes-sustentaveis/. Acesso em: 3 set. 2024.
SUSTENTARQUI. Tijolo ecológico de reciclagem de pneus. Disponível em: https://sustentarqui.com.br/materiais/tijolo-ecologico-de-reciclagem-de-pneus/. Acesso em: 3 set. 2024.
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