A pandemia de covid-19 pegou o mundo de surpresa em 2020, e é seguro supor que muito esforço e energia serão dedicados em 2021 para reverter as consequências da pandemia (ou, dependendo do caso, se adaptar a elas).
No caso do Varejo, as maiores dificuldades vieram do isolamento social, com o fechamento temporário de shoppings e lojas físicas. Muitas empresas tiveram que apostar no e-commerce e no marketing digital para sobreviver, e é provável que mantenham essas apostas no próximo ano. Por outro lado, certamente vai haver esforço para atrair novamente os clientes para lojas físicas com responsabilidade, é claro.
Confira nossas previsões a seguir.
A ascensão turbinada do e-commerce
Quem já tinha o hábito de fazer suas compras pela internet passou a comprar mais ainda quando não podia sair de casa, e quem só ia à loja física se viu obrigado (pelo menos nos períodos mais intensos de isolamento social) a dar uma chance ao e-commerce. O que era uma tendência virou quase uma obrigação.
Nesse cenário, varejistas que conseguiram fortalecer sua presença digital e vender online (seja com site ou aplicativo próprio, seja em marketplaces) passaram menos aperto do que aqueles que continuaram presos às vendas 100% presenciais. Mesmo com a pandemia perdendo força, a mudança no hábito de muitos consumidores deve continuar, e o e-commerce seguirá se fortalecendo em 2021.
Conveniência autônoma
Lojas de conveniência autônomas são uma novidade que começou a ganhar presença no Brasil em 2020, e já estão mais consolidadas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Nessa modalidade, os clientes não têm contato com funcionários: 'acessam' o estabelecimento por meio de aplicativo, escolhem os produtos e pagam online.
São uma solução versátil, e as 'lojas' podem ficar dentro de uma empresa ou no pátio de um condomínio, por exemplo. Há empresas especializadas em implementar esse tipo de loja, e a tendência é que o mercado se expanda no próximo ano.
Beleza e saúde em alta
Sem poder sair, muitas pessoas passaram a fazer em casa procedimentos que antes só faziam no salão, e certos cuidados com pele, unha, cabelos etc. entraram para a rotina em casa. Produtos especiais para isso tiveram uma alta de vendas em 2020, e mesmo com a reabertura de salões e a diminuição do isolamento social, as rotinas mais completas de autocuidado provavelmente devem sobreviver.
2021 também será um ano em que muitos consumidores vão dar preferência a produtos mais saudáveis e tentar perder o peso extra que ganharam na pandemia seja por conta do sedentarismo, de não poder ir à academia por meses ou de comer por ansiedade.
Marketing sensorial: de volta às lojas físicas
Mesmo com o crescimento do e-commerce, é claro que as lojas físicas não vão desaparecer, e devem pouco a pouco se recuperar conforme as medidas de isolamento ficam mais brandas.
Tendo isso em mente, e considerando toda a carga de ansiedade que a pandemia colocou sobre os consumidores, muitos lojistas devem apostar em marketing sensorial (cores, músicas, perfumes etc.) que leve as pessoas a se sentir à vontade em seus estabelecimentos. Os cuidados com higiene e saúde não devem ser deixados de lado, porém.
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