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Tendências 2022-23: inspire-se com essas ideias do agronegócio!

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Tendências 2022-23: inspire-se com essas ideias do agronegócio!
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Criado em 08 JUN. 2022
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Quase dois anos após o primeiro lockdown no Brasil, ao que tudo indica, aqui estamos lidando com uma nova fase, talvez uma reta final ou talvez uma etapa de adaptação para um novo cenário. 

Sem dúvidas, este é o momento para fazermos um balanço geral: 

  • O que mudou de lá para cá? 

  • Como está o cenário atual? 

  • O que já ficou ultrapassado? 

  • E afinal, quais as tendências: o que esperar do mercado e dos consumidores nesse próximo ano?


Se para muitos setores a pandemia teve impactos bastante negativos, o agronegócio não foi um deles. A crise sanitária pode até ter potencializado fragilidades do mercado de trabalho do setor, mas o mesmo mostrou sua resiliência em sinais de recuperação já a partir do terceiro trimestre de 2020, de acordo com Felipe Miranda de Souza Almeida em uma publicação no CEPEA USP. Contudo, isto não é motivo para que os negócios parem no tempo e deixem de acompanhar as iniciativas de adaptação e inovação do setor, que podem ser inspirações essenciais para sobreviverem em um futuro próximo, dadas as tantas mudanças ocorrendo no mercado e no mundo.



A seguir, você confere alguns casos de negócios nacionais e internacionais que souberam aproveitar muito bem este momento ou já estavam preparados para lidar com os desafios trazidos durante o período de pandemia. Suas retomadas ao "novo normal" agora certamente acontecem de um lugar muito mais consolidado no mercado, servindo como referência e inspiração para outros negócios.


A Sirius Orgânicos é um ótimo exemplo de loja física que soube se posicionar muito bem digitalmente. Tendo seu box no Mercado Municipal de Curitiba (PR), o negócio também possui um e-commerce bastante prático e intuitivo: basta se cadastrar e adicionar os produtos que desejar ao carrinho, podendo também selecionar opções de cestas completas montadas pela própria Sirius. 


Sob a bandeira de produtos 100% orgânicos, a loja oferta itens de hortifruti, carnes, itens de mercearia e cosméticos, e no momento conta com 6 parceiros produtores da região, devidamente rastreados e certificados.


Em projeto similar, a Raizs conecta pequenos produtores de orgânicos a clientes de grandes centros urbanos brasileiros, mas em proporções muito maiores: são mais de 800 produtores e cooperativas, distribuídos em todo o país. Nascida em 2016, a empresa teve um crescimento de 300% no faturamento entre os anos de 2019 e 2020, período em que sua clientela mensal saltou de 10 mil para 30 mil usuários. No site da Raizs, basta que o cliente escolha a quantidade de hortifrutis orgânicos que deseja receber semanalmente (ou quinzenalmente) e a empresa seleciona os melhores da estação para ele. 


Nas ofertas, estão incluídos também produtos como ovos, proteínas e pães. É possível também escolher os produtos disponíveis no site antes mesmo de serem colhidos assim, os produtores só os providenciam depois da confirmação dos pedidos, evitando desperdícios.


Falando nisso, o Misfits Market surgiu com a missão de combater o desperdício de alimentos, resgatando frutas e vegetais "feios" (mas em ótimo estado para consumo) que são comumente descartados pelo mercado. Em sua página, a empresa afirma que quase um terço do que é cultivado nos Estados Unidos nunca é colhido porque não atende aos padrões superficiais de uma mercearia tradicional.


Entre os motivos de inadequação desses alimentos, estão questões relacionadas ao tamanho (muito grandes ou muito pequenos), aparência (não tão visualmente atrativos), e até mesmo mera "excedência" de produção. Iniciada com quatro funcionários em 2018, a Misfits conseguiu levantar US$ 200 milhões de investidores em 2021 e, no final do ano, teve uma avaliação de aproximadamente US$ 2 bilhões.


Mas nem todo exemplo de negócios que funcionam muito bem na atualidade são tão recentes assim. Em Nova York, 12 anos atrás, o mercado italiano de comida e vinho gourmet Eataly estreou suas portas americanas apresentando uma modalidade curiosa: o "açougue de vegetais"


Em uma barraca localizada próxima à seção de hortifrutigranjeiros, a proposta é que os clientes escolham seus vegetais, pesem-nos e em seguida especifiquem aos "açougueiros" como preferem que os cortem. 

Nós descobrimos através de anos de pesquisa de consumidores que muito por trás do baixo consumo de vegetais nos EUA geralmente se deve a questões relacionadas à preparação, incluindo falta de habilidade com a faca, tempo, limpeza e conhecimento de receitas, afirmou Melissa Abbott, diretora de tendências e insights culinários do Hartman Group, à Supermarket News.


Já mais próximo de nós, em Colombo, no Paraná, cidade vizinha de Curitiba, está localizada a Chácara Gasparin. A propriedade, que já tem 130 anos de história, abriu as portas em 1994 para o público, que pode desde então aproveitar para colher hortaliças no sistema 'colha e pague'. São cultivados no local repolho roxo e verde, brócolis, beterraba, cenoura, rabanete, e sete tipos de alface.  Além de não haver taxa de entrada nem ser necessário agendar as visitas (o que pode ser bastante cômodo e atrativo para o público), aos domingos a chácara oferece almoço.


Se no passado podemos encontrar soluções que se mantiveram muito bem no futuro, é importante olhar também para o que parece futuro mas já é o presente. É o caso dos agrobots, robôs desenvolvidos especialmente para a agricultura, que cada vez mais chegam às rotinas agrícolas. Embora no momento vejamos majoritariamente apenas drones sobrevoando as lavouras, este é só o começo do que será a "era dos agrobots": em breve, outras máquinas autônomas estarão percorrendo os campos e executando, com precisão, tarefas que até pouco tempo atrás imaginávamos exclusivas aos humanos.



Aqui no Brasil, a Embrapa e a USP São Carlos se juntaram para desenvolver o Mirã, um robô automatizado que utiliza tecnologia de raios laser para analisar dados do solo direto no campo. Os pesquisadores conseguiram desenvolver uma técnica avançada, que produz uma luz com características específicas, capaz de coletar, analisar e transmitir remotamente informações sobre a composição física e química do solo, como por exemplo sobre o potássio (K). 


A tecnologia é multiuso e capta dados georreferenciados, tendo a capacidade de gerar um mapeamento bidimensional das propriedades do solo de uma região.


Na França, o queridinho da vez é o Wall-Ye, um robô que pode livrar produtores dos árduos trabalhos físicos exigidos no dia-a-dia da lavoura. Disponível em algumas versões (entrelinha, straddle, colhedor de uvas e jardineiro comercial), o Wall-Ye é equipado com um poderoso software de mapeamento, e consegue capinar diversas áreas além de distribuir produtos de tratamento nas plantações. Ele percorre o terreno delimitando parcelas, analisando pés de vinha, mapeando futuras hortaliças a serem colhidas, detectando e arrancando ervas daninhas, entre outras atividades. O robô tem chamado tanta atenção que a expectativa é que em breve possa se tornar líder mundial no vinho e na agricultura robótica. 


Nos casos acima, vimos excelentes iniciativas de negócios que souberam se reinventar. Sustentabilidade, presença digital, conveniência, agricultura familiar e tecnologia foram as palavras-chave para eles, as quais foram também características cruciais para que pudessem se sustentar ou mesmo nascer em tempos tão difíceis. Mas não pense que essas são as únicas saídas para o agronegócio - não mesmo! Há muito mais ideias e insights que você pode encontrar para o seu negócio no nosso novo Guia de Tendências do Sebrae 2022-23. Não deixe de conferir!

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Neste artigo, você visualizou exemplos relacionados às seguintes tendências: 

A coleção completa de tendências 2022-23 está disponível no site de Tendências do Sebrae.


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