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Sobre pontes e muros: A inovação aberta e suas conexões

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Sobre pontes e muros: A inovação aberta e suas conexões
Criado em 28 OUT. 2020
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Na perspectiva econômica, sob a visão de Schumpeter, a inovação é o fator central de crescimento econômico e fonte primeira de vantagem competitiva. Esse conceito é utilizado e ampliado atualmente pela própria OECD, que possibilita à inovação ser uma nova combinação dos mesmos elementos dentro de um novo arranjo, e ainda promove a introdução de um novo método de produção ou a abertura de um novo mercado.

Tal conceito também é corroborado por Michael Porter, para o qual inovação significa oferecer os mesmos produtos de forma diferente, criando novas combinações. Ainda segundo o autor, inovação não significa tão somente ou necessariamente oferecer pequenas melhorias, mas sim encontrar uma nova forma de combinar as coisas. Cada companhia, segundo ele, deve procurar gerenciar, ou, pelo menos, ter a capacidade de assimilar a grande variedade de novas tecnologias que irão afetar a forma como ela entrega valor a seus clientes. Segundo o autor, a única forma atualmente existente de conquistar qualquer vantagem competitiva sobre seus concorrentes é por meio da inovação.

Para Charlier e Parker (1999) a inovação é fruto de um processo que pode ser o resultado de um amplo espectro de eventos, partindo de uma descoberta científica maior e mais visível, ou ser até o conjunto de mudanças menores implementadas no chão da fábrica onde o produto é produzido. Nesse ponto de vista, muitas das inovações relacionadas com redução de custos são de natureza incremental e, frequentemente, não são notadas pelo público. Esse processo, para se chegar à inovação, pode ser desencadeado por um incentivo da tecnologia, ou demanda do mercado. Nesses casos, a inovação induzida pela tecnologia é aquela motivada por nova descoberta científica ou tecnológica, ao passo que as demandadas pelo chão de fábrica estão atreladas a um processo de mudança e motivação contínuo.

De maneira bastante sintética aos conceitos apresentados, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que possui uma das definições de inovação mais utilizadas no Brasil e no mundo, aponta que

inovação é a implementação de um produto, seja ele bem ou serviço, seja novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios na organização do local de trabalho ou nas relações externa, ou seja, as inovações podem ser do tipo de produtos, processos, marketing ou negócios.

O que essas visões, até aqui apresentadas, possuem em comum é que a inovação é uma função da indústria, a qual busca recursos e realiza processos para gerar, gerenciar e explorar a inovação.

Atualmente, passamos por cinco gerações de modelo de inovação, ou seja, o framework da inovação saiu do modelo em que a tecnologia (Technology-push) era a direcionadora pela inovação e função apenas das indústrias em seu ambiente interno, passando pela segunda geração da inovação, com o olhar para o mercado (Market-pull), ainda na terceira geração com algum feedback e interações entre alguns elementos internos da empresa, como Pesquisa e Desenvolvimento - PeD e Marketing, chegando à quarta geração, cujo foco são as interações de atores para a geração da inovação. Nas gerações três e quatro, o papel de atores externos e o olhar das indústrias como um sistema aberto começa a florescer. A partir da quinta geração, o papel de atores externos começa a ficar mais sólido e passam a se formar redes de inovação, ou networks.

Acredita-se que a sexta geração é a era da inovação aberta, ou seja, os atores externos são fonte da inovação para as indústrias. Essa é a atual geração e muitos autores pensam ser o futuro da inovação.

Nesse contexto, a conexão entre empresas, startups, ambientes de inovação, academia, sociedade e governo vem se tornando protagonista do processo de inovar. Isso significa que, muito além de gerar inovação, os atores do ecossistema tem que se preocupar em gerar conexões e, consequentemente, a inovação produzida terá maior efetividade.

Ambientes de inovação modernos entendem muito bem a inovação aberta e são os catalisadores desse processo.

Fazendo uma analogia da, antes, inovação fechada para a, atual, inovação aberta, podemos dizer que a grande preocupação dos atores do ecossistema, antes, era construir muros cada vez mais altos, para que ninguém soubesse o que estava sendo produzido. Hoje, os atores vêm construindo pontes, para se conectarem a mais inovadores.

E você? Anda construindo pontes ou muros?

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