De acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), o número de pessoas no setor de transporte de passageiros independente era de 800 mil em 2016. Em 2019, no entanto, o cenário havia mudado e o número também, chegando a 1,3 milhão, após o início da pandemia, o número caiu para 950 mil. O aplicativo de transporte mais utilizado no mundo, Uber, foi lançado no Brasil em 2009, e a proposta era atender a um público específico, especialmente os luxuosos. O aplicativo, no entanto, tornou-se popular e a empresa Uber foi ganhando notoriedade. Não muito tempo depois, os concorrentes começaram a surgir, o que demonstrou que o mercado estava aberto a atender as demandas de mobilidade urbana. Esses aplicativos desempenharam papel crucial na mobilidade urbana, mas não só; significam um importante marco na geração de novas formas de renda e emprego. Embora existam discussões a respeito da precarização do trabalho, é inegável que, em momentos de profunda crise, ser motorista credenciado da Uber tornou-se uma alternativa viável e uma das profissões que mais rapidamente cresceu no país. Afinal de contas, a falta de oportunidades levou diversos brasileiros a entrarem no aplicativo. A pandemia por sua vez afetou não apenas a saúde, mas também teve impactos econômicos que reverberaram em todos os setores da sociedade. No terceiro trimestre de 2022, a Uber divulgou os resultados financeiros de sua operação em 2022, notando-se que a quantidade de corridas aumentou em 26% entre julho e novembro, em relação ao mesmo período de 2021. Embora o número seja positivo, a empresa encerrou o período com uma negativa de US$ 1,2 bilhão. Das possibilidades, está a inflação crescente não só no Brasil, mas em vários países do mundo, e, embora o temor fosse de que o número de viagens sofresse uma queda, isso não ocorreu. Outro fator positivo é que o número de usuários ativos mensais teve uma elevação de porcentagem de 14%, em comparação anual o número representa cerca de 124 milhões de usuários. De maneira geral, as dificuldades foram superadas, e, no fim de setembro de 2022, a base de motoristas era equivalente ao número registrado em 2019, meses antes da pandemia, o que indica que a Uber vem se recuperando após a pandemia. Abrindo até mesmo espaço para novos negócios, como o aluguel de carros para Uber a preço acessível, que, além de trazer economia em longo prazo, a preocupação com burocracias é mínima, não incluindo emplacamento, taxas, IPVA, documentação, entre outros. E você, acha que esse mercado fica mais forte pôs pandemia?