Você sabe que a primeira vantagem em exportar é que há impostos que não incidirão sobre seus produtos?
Via de regra, os produtos exportados são isentos de IPI e ICMS, também podem ser isentos de PIS e COFINS e outros tributos e taxas que porventura incidam.
Um bom conhecimento da base de custos e despesas vai fazer toda a diferença no sucesso de um empreendimento no mundo das exportações.
Há acordos internacionais que podem influenciar com uma condição favorável para a exportação, existem modalidades de regimes aduaneiros que podem ajudar também. Destacamos aqui o drawback que pode promover redução de tributos quando um produto importado passa a fazer parte de outro que será exportado.
No mercado interno há despesas com a comercialização que não existirão na exportação. O volume de uma exportação pode promover uma redução no custo da logística de transporte e distribuição. O câmbio pode ser outro diferencial competitivo.
Por outro lado, há custos a serem considerados para fechar esta conta. Temos, por exemplo, a embalagem precisará ser adequada? Levará texto em outro(s) idioma(s)? O país de destino tem alguma exigência específica? Para fechar lotes maiores ela terá que ser paletizada? Quanto será investido na promoção no exterior? Terá comissão para agente de exportação? Quanto custa um processo de desembaraço aduaneiro no porto/aeroporto? Qual o valor do frete até o porto/aeroporto?
Quem paga o frete internacional?
Esta questão fará parte da negociação com o cliente.
Há diversas modalidades possíveis. As mais comuns são FOB (Free on Board), CRF (Cost and Freight) e CIF (Cost, Insurance and Freight).
Na primeira, FOB, o exportador arca com os custos até a mercadoria estar embarcada no navio ou avião. Na CRF, o frete é pago até o destino definido na negociação e no CIF, o seguro é incluído durante o transporte. É importante que o exportador conheça muito bem as opções e defina qual a mais adequada a seu perfil de produto, destino e negociação envolvida.
INCOTERMS são termos internacionais usados no comércio. É importante estudar a respeito para definir a melhor opção para a negociação.
Normalmente um dos grandes diferenciais entre a exportação e o mercado interno é o volume negociado em uma só venda. Isto ocorre porque quanto mais se enviar ao exterior de uma só vez, mais se diluirão os custos do frete, desembaraço e operações de câmbio.
Falando em câmbio...
Ele pode ser um motivador quando se exporta para países com moedas mais fortes, ampliando a competitividade. Uma situação a se considerar aqui é a forma de pagamento. Diferentes setores têm práticas estabelecidas que são difíceis de serem quebradas. Por exemplo: venda de produtos de granito destinados à construção civil normalmente são pagos com prazos que variam de 60 a 120 dias a partir do embarque. Já produtos como compensado e outros produtos de madeira, podem ser pagos na chegada da mercadoria no destino ou até mesmo na data do embarque. É fundamental que se coloque na conta estes prazos para que o preço inclua uma eventual necessidade de antecipação de câmbio e qual será o impacto financeiro desta operação.
Num mundo ideal e seguro as exportações deveriam ser pagas antes do embarque, mas quase nunca é assim que ocorre, portanto, buscar referências comerciais dos clientes é necessário e prudente.
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