Li um texto que me fez pensar no quanto continuamos a atuar baseados numa tradição que, para muitos, nem sentido faz. Mas, como o efeito manada é forte, não nos damos conta da importância de romper com velhos hábitos e criar aqueles que realmente farão a diferença em todas as áreas de nossas vidas.
Falo da educação.
Sobre o texto que mencionei (leia aqui), primeiro li o título e ele bateu nas minhas limitações. É desumano que as crianças paguem um preço tão alto para que as escolas continuem recebendo mensalidades. De primeira pensei (e já fiz o minha culpa, vocês vão entender se lerem o texto da Dany Santos. Gratidão a essa mãe pela lucidez!): mas como vai ser se não pagarmos as mensalidades? As escolas vão fechar? E os empregos? E as crianças? Isso não pode estar certo! E nada como um bom título para aguçar a vontade de ler. Então, li.
O texto é perfeito de uma mãe que faz uma análise correta desse momento de pandemia e educação formal das crianças. O que me fez pensar na disrupção. Não a que muitas empresas estão promovendo sim, porque caos é oportunidade e traz muitas boas soluções ao nosso dia a dia (você leu sobre o novo álcool em gel produzido pelo Brasil a partir de matéria-prima renovável e não mais do petróleo?), mas aquela que nós, cada um, pode promover na sua vida. Quebrar as limitações e ir muito além do imaginado.
Quando você pensa em educação, onde você se situa? Onde você está em termos de aprendizado? Parou na pós-graduação que fez logo após a faculdade? Ou naquele curso de 12 horas que a firma lhe ofereceu para contar pontos com o chefe?
Educação. São muitos os desafios. Das empresas do setor como escolas e faculdades nem vou entrar no mérito, porque daria uma tese. Mas quais são os nossos desafios para fazer da educação uma chave de mudança? De fazer a disrupção do que é para algo que nos trará liderança sobre nós? De, como buscadores de uma vida melhor, nos colocarmos eternamente aprendizes?
É preciso estar atento ao movimento das marés da sociedade e se dispor a navega-las podendo ser, inclusive, contra a maré (como no caso da Educação!). É na disrupção do que aprendemos que teremos a possibilidade de ser. O que aprendemos, a forma formal de aprendizado, apenas nos dará mais do mesmo. Mas, a quebra dessa perspectiva para a abertura a novos aprendizados, nos fará realmente ser. E ser nos faz líder.
Porque se dominamos a nós, em primeiro lugar, compreenderemos nossa posição no mundo e poderemos expandir e influenciar outras pessoas a fazerem o mesmo. Liderar mudanças propositivas, criar novas possibilidades, efetivar caminhos melhores para nós e para mais pessoas.
Patricia Favorito Dorfman
Jornalista, consultora nas áreas de empreendedorismo, marketing e comunicação. Movimento Tava Pensando. Minha crença é nas pessoas, só elas podem fazer mudanças!