Sebrae em dados - Sobrevivência de empresas

A pesquisa “Sobrevivência das Empresas 2020”, realizada pelo Sebrae, trouxe informações sobre o fechamento de negócios em 2020, e o impacto da pandemia nesses números.

O microempreendedor individual (MEI) é o que apresenta a maior taxa de mortalidade de negócios em até cinco anos. O levantamento apontou taxa de 29% dessa área de negócio, seguido das microempresas, 21,6%, e as de pequeno porte 17%.

O comércio foi o setor que mais fechou, com 30,2%. Indústrias da transformação com 27,3%, serviços 26,6%, e indústria extrativa com 14,3% de encerramento.

Na pesquisa 41% dos empresários afirmaram que a pandemia foi o fator determinante para o fechamento da empresa, 20% citaram o baixo volume de vendas, e 22% citaram a falta de capital de giro. Cerca de 34% dos entrevistados acreditavam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento. Deste grupo de empresários, apenas 7% solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito. O Sebrae acompanhou ao longo do ano o cenário do crédito no país, e adotou uma série de medidas, e junto ao governo federal criou o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). O acesso de pequenos negócios ao crédito evoluiu de forma significativa, pouco tempo após seu lançamento saltou para 39% de empresas atendidas.

A pesquisa realizou entrevistas com empresários de todos os ramos, e portes, e identificou que a menor taxa de sobrevivência entre os pequenos negócios está relacionada a gestão. Grande parte dos MEI, estavam desempregados no momento de abertura da empresa, e por isso, não tiveram condições de se capacitar adequadamente e aprimorar a gestão.

Entre os entrevistados que possuíam um emprego antes de empreender, mais de 40% eram funcionários de empresa privada. Outros 37% eram autônomos sem empresa constituída.

Quando falamos de experiência ou conhecimento no ramo da empresa, 84% dos EPP, 74% ME e 70% MEI afirmaram ter atuado na área.

Dos entrevistados 40% alegaram ter experiência no ramo da empresa, já trabalhavam como autônomos no setor. Outros 35% eram funcionários de empresas do ramo.

Cerca de 35% dos entrevistados que fecharam sua empresa estão atualmente trabalhando como autônomos. Já cerca de 31% está empregada carteira de trabalho assinada. Na atual edição da pesquisa, 10,6% dos entrevistados abriram outra empresa.

Em 2021, a taxa de mortalidade aumentou para o MEI, o encerramento foi de 37%. As microempresas tiveram queda no encerramento de empresas, apresentaram 18% e as EPP 13%.

O Sebrae desde o início da pandemia disponibilizou mais de 130 cursos gratuitos e online, e no ano passado começou a oferecer capacitações também pelo WhatsApp. Permitindo que pessoas que pretendem abrir um negócio, ou que pretendem formalizar, possa se qualificar. A iniciativa gerou um recorde de inscrições, 2,5 milhões, somente em 2020. Foram disponibilizadas consultorias e capacitações para os empresários que permitiram o aprimoramento da gestão, criação de estratégias de sobrevivência e incorporação da inovação.

Parcerias com grandes marketplaces foram fechadas, para que microempreendedores individuais tivessem condições de vender seus produtos online.

Um mercado financeiro acessível aos empreendedores, combinado com capacitações, gerou em 2021 um saldo de 2,5 milhões de empregos, um crescimento econômico e sobretudo, maior desenvolvimento econômico social no país.

Clique para pesquisa na íntegra

 

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