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Que caminhos podemos percorrer? Agora sabemos! (3. parte)

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Que caminhos podemos percorrer? Agora sabemos! (3. parte)
Criado em 07 MAI. 2020
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Então, QUE CAMINHOS PODEMOS PERCORRER? Quais as necessidades percebida na pesquisa apresentada na 1ª. e 2ª. Parte dos artigos anteriormente publicados.

Nosso objetivo da pesquisa, foi ouvir o público envolvido que pudesse nos munir de informações sobre o quê professores e estudantes estão sentindo e por meio da manifestação deles, entender onde estão as oportunidades de trabalhar o aprimoramento pessoal dos estudantes e, consequentemente buscar a excelência nas suas atitudes, nas relações sociais e nos seu desenvolvimento da aprendizagem. Não esquecendo do papel das famílias, como partícipes do processo ensino aprendizagem e desenvolvimento do protagonismo de seus filhos.

Uma citação de Paulo Freire (livro - Pedagogia da autonomia (2007, p.76) nos faz complementar esta análise, Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível... O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente.

ESTUDANTES E FAMÍLIAS

Percebemos alguns pontos fundamentais observarmos na pesquisa, que nos mostram o cenário real neste momento para que: escola, professores, estudantes e famílias possam assumir um papel mais ativo nas melhorias que se fazem necessárias e algumas de forma urgente. As aulas on line iniciaram de forma abrupta e sem um tempo de preparação, e por isso, é natural que tenha uma consequência de certa desarmonia no início, onde todos precisam se esforçar bastante para dar continuidade no funcionamento de todas as escolas. Porém, a estruturação da educação a distância, não será somente para este período, mas todas terão que assimilar essa inovação, assim como outras mudanças que serão necessárias daqui para frente. Por isso, é preciso adicionar mais este tema na escola.

Um ponto muito interessante na análise, é que a mesma demanda premente citada por professores de que há uma carência muito grande, da maioria dos estudantes, de se desenvolverem mais, no sentido de serem mais independentes, responsáveis e gestores das suas rotinas e compromissos; em outros alunos (é a conduta presente), segundo os professores, são interessados, possuem um perfil de auto estima boa, auto aprendizagem e uma auto disciplina, que faz com que eles busquem o conhecimento sozinhos, ou seja, o professor é um mero condutor e estimulador do conhecimento.

Pode-se reafirmar essa postura citando a educadora Marilda Behrens, que aponta a postura do aluno em seu livro - O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica O aluno, no ensino com pesquisa, deverá tornar-se um sujeito do processo, um questionador, um investigador, deverá ter raciocínio lógico, agir com cidadania, ter capacidade produtiva, saber viver com cidadania, com ética e adquirir autonomia para ler e refletir criticamente ao aprender a produzir conhecimento. No processo educativo, apresenta-se atuando, argumentando, problematizando e, ao realizar trabalhos individuais e coletivos, busca consenso nas suas decisões. (Behrens, 1999, p.93)

Também, é surpreendente analisar que justamente os estudantes com essas características mais desenvolvidas, são filhos de pais que participam e contribuem para a construção desta conduta, são atuantes na construção da educação dos filhos.  

Ou seja, percebemos que quando a família trabalha bem a sua parte, nesta construção da educação, crianças e adolescentes avançam e absorvem muito mais do conhecimento e a escola cumpre o seu melhor papel, neste processo todo de formar cidadãos conscientes e preparados para a sociedade, o que valida o conceito da autora Marilda Behrens.

Estudando o prefixo 'auto' significa 'por si mesmo', o que indica que autoestima é a estima que a pessoa tem por ela própria; auto desenvolvimento - é o aumento das capacidades ou das possibilidades dela mesma; auto aprendizagem é a forma de aprender por si mesmo; percebemos que quando revemos essas definições do dicionário, definimos o perfil que desejamos do estudante. O trabalho é desenvolver essa conduta neles, além de conhecimentos pedagógico.

Porém, percebemos que para chegar à uma conduta de auto estima, auto desenvolvimento e auto aprendizagem, antes é preciso trabalhar algumas carências que se apresentam na maioria dos estudantes, como: despreparo para a enfrentar a diversidade, certo egoísmo nas manifestações, falta de uma conduta de pensar no outro, falta de planejamento e organização nas suas ações influenciado pelo mindset familiar sobre a educação.

Isso, leva à uma pergunta que podemos nos fazer, mas onde começamos a mudar todo este ciclo vicioso? Começaremos a mudar quando todas as partes sentarem no mesmo lado da mesa e pactuarem compromissos de uma educação mais construtiva, onde cada um faz a sua parte e o resultado final será o que todos almejamos e sonhamos: estudantes felizes, seguros, confiantes, bem desenvolvidos e preparados para a vida, comprometidos com a coletividade, responsáveis e encantados com a sequência de suas formações. Talvez a receita seja, aumentar a dosagem da participação da família com os propósitos da escola, além de todas as indicações já citadas. 

ESTUDANTES PROTAGOSNISTAS  

Na era da revolução digital, o lado humano, é a parte mais importante, esta é uma afirmação muito utilizada, porém muito verdadeira. Porque são as pessoas que irão assimilar e fazer bom uso das ferramentas e tecnologias, para transformar as suas vidas e suprir as necessidades da sociedade. Neste momento vivemos o exemplo desta afirmação, se todos estiverem bem preparados para lidar com as tecnologias de educação a distância e conseguirem aproveitar o momento para dar continuidade na aprendizagem, mesmo que a distância, vamos progredir e os desafios serão menores.

Muito pertinente, é o conceito de Berge (1995, p 5) que indica ... ao professor que deseja estar mais preparado para atuar no contexto virtual, é necessário desenvolver habilidades em 4 áreas:

Pedagógica - Refere-se ao papel do professor como facilitador, que focaliza as discussões em conceitos, habilidades e princípios críticos.

Social - Reporta-se ao estabelecimento de um ambiente amigável, por meio da valorização das contribuições dos alunos, da promoção das relações humanas, do desenvolvimento do senso de coesão do grupo, do incentivo ao trabalho coletivo.

Gerencial- Envolve estabelecer a agenda e as regras de procedimentos, as normas de tomada de decisão e horários.

Técnica - Destaca a importância de o professor se sentir confortável com a tecnologia e fazer com que os alunos se sintam também confortáveis, de modo que a tecnologia torne-se transparente.

Falamos isso, para dizer que a formação dos professores será ainda mais necessária em aspectos para este processo educacional, do que só o conteúdo pedagógico que trabalham em sala de aula. De repente, muitos tiveram que se transformar em um pouco psicólogos para dar conta das situações adversas, tiveram que ser um pouco técnico de TI para acessar e dar conta de transmitir as aulas, ser um pouco ator para encantar os estudantes na sua exposição e muitas outras coisas que passaram a ser parte de conhecimentos obrigatórios aos professores, da noite para o dia. Ou seja, professores como aprendizes vitalícios, é uma necessidade daqui pra frente.  

Vamos ter escolas mais preparadas e que empreendam nas suas equipes de professores de forma diferente e além do que até então, era feito. É preciso que a escola também resignifique seu papel, sua forma de atuação, sua estratégia e missão de contribuição para a sociedade. Mas, certamente uma escola com um diálogo bem mais próximo das famílias e uma interação com todos os seus stakeholders.

Já conceituada por Behrens, (p. 80) onde ela diz que uma escola progressista precisa estabelecer um clima de troca, de dialogo, de inter-relação, de transformação, de enriquecimento mútuo, em que tudo é relacional, transitório, indeterminado e está sempre em processo. Caracteriza-se por ser uma instituição libertadora, democrática, dialógica e critica. Apresenta-se como local de problematização para compreensão do real no qual se defende a importância dos conteúdos abertos às realidades sociais.

Reforço a importância de construir esses diálogos principalmente com pais, (ex.: a resistência de alguns pais em aceitar a educação a distância), com ações como: Fazer uma aula on line para todos os pais, onde eles aprendem experimentando.  E assim começamos a falar outra linguagem. 

Outro ponto, ou estratégia mesmo, é fazer a parceria da escola privada com a pública, para empreender em melhorias que venham impactar em toda a comunidade, onde ambas estão inseridas, como a ideia de Criar um projeto escolas amigas Isso é empreender numa educação melhor para todas as famílias locais.

Aspectos psicológicos e comportamentais apresentados pelos estudantes e percebidos pelos professores, como: medo, insegurança e a falta de compreensão deste momento, são também assuntos que precisam ser tratados e trabalhados pela escola e família juntos, para resgatar os sonhos dos estudantes e o impacto negativo, será muito menor.

E desta forma concluímos os 3 artigos sequenciais, os quais desejamos ser mais uma luz de informações e ideias para: gestores educacionais, professores, pais e estudantes; no sentido de criar as inovações necessárias nas escolas, no processo pedagógico, nos projetos estratégicos e envolvendo todos os públicos necessários para melhorar nossa educação.

É momento de transformar, é oportunidade e necessidade!

Conte com o Sebrae para ajudá-los no direcionamento das inovações necessárias para a gestão empreendedora, estamos preparados para atendê-los.          

Comente sobre este trabalho e contribua com suas ideias. 

Fale com o Sebrae pelo e-mail da Juliana - jsouza@pr.sebrae.com.br.

Irene Hoffelder Vioti - Consultora, palestrante e escritora nas áreas: Estratégia empresarial, sustentabilidade, inovação e storytelling empresarial.

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Irene Hoffelder Vioti
Mestranda em Administrao Estratgica de Negcios pela UNAM - Universidad Nacional de Misiones - Argentina. Consultora, palestrante, instrutora e escritora nas reas: Estratgia empresarial, sustentabilidade, inovao e storytelling empresarial.favorite_outline Seguir Perfil
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