Como e quando incluir um advogado na negociação

É esperado que todos se sintam mais seguros ao participar de uma negociação ao lado de seu advogado de confiança.

Contudo, por mais que esteja ali para ajudar na solução do problema, por mais ético, profissional e "amigo das crianças" que seja, também é esperado que a outra parte nutra certa desconfiança diante da participação do causídico.

Sendo assim, para evitar desconfianças que podem prejudicar a solução ou a presença de ainda mais pessoas envolvidas com o problema, sugerimos que a inserção do advogado numa negociação se dê da seguinte maneira:

• que tenha a orientação do profissional durante a negociação, mas sem sua presença ou contato direto com a outra parte; 
• que seja chamado após comunicar a outra parte, quando a negociação precisa de uma visão mais técnica para sua formalização ou empacou em algum ponto; 
• que o advogado chamado tenha perfil conciliador, que saiba agir de forma a buscar pelas soluções de maneira objetiva, tenha a confiança das partes e não lute apenas pelas razões de uma delas; 
• Ao final, é imprescindível que um advogado seja chamado para formalizar a negociação através de um contrato, a fim de trazer segurança jurídica às partes envolvidas. 

Toda negociação deve ser formalizada ao final através de um contrato escrito e formalizado por um advogado especialista. Não que as partes devem desconfiar um do outro, mas pelo fato de que é impossível negociar ou antever tudo que pode acontecer no desenrolar da vida contratual, podendo ocorrer fatos que não foram previamente negociados, como qual será o índice utilizado para correção anual dos valores ou o que acontecerá em caso do falecimento de uma das partes.  

"Negocie como se fosse com seu melhor amigo. Depois, formalize como se fosse com seu pior inimigo" - Dr. André Tolentino

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