Qual o valor de uma ideia? Essa é a pergunta do século considerando-se, principalmente, que ela pode durar para sempre ou apenas alguns segundos, mas só é possível saber o seu desdobramento quando nos arriscamos e pagamos para ver.
Ideias são a alma da inovação, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) 5,5% dos brasileiros trabalham nas indústrias criativas. Esse mercado representa 2,6% do PIB nacional.
Estamos completamente inseridos em uma indústria construída em cima de produtos palpáveis, bens de consumo não duráveis, feitos em larga escala e que valorizam o menor preço. Quando se trata de uma ideia, estamos falando de um valor agregado muito maior. A indústria criativa cresce porque entendemos que algo que tem uma história e um significado pode ser trabalhado ao ponto de ser competitivo.
Um slogan ou um produto, por exemplo, pode possuir algo que vai além do preço. Trata-se do valor que ele pode vir a ter e que pode durar por gerações. O que fazemos para fechar a conta de quanto tudo isso vale não está ligado diretamente à venda do produto que foi gerado, mas a tudo aquilo que foi feito para chegar até ali. Trabalho, suor e criação tendem a ficar nos bastidores e, infelizmente, às vezes são desvalorizados por muitos contratantes.
Um bom indicador é entender como a solução apresenta uma solução, de forma estratégica, o que foi pedido pelo solicitante. Afinal, uma ideia é somente uma ideia se não for aplicável, prática e funcional. Outra métrica é entender o mercado como um todo. Com isso, conseguimos saber qual a força da nossa sugestão, se ela é durável e original.
A última década foi incomparável para o setor de ideias, o surgimento de empresas como Uber, Ifood, Airbnb facilitou muito o acesso de usuários a serviços, antes bem restritos a uma pequena parcela da população. Além disso, a Amazon trouxe os primeiros smart speakers, produzidos em 2014 não eram lá muito eficientes, mas a história mudou de figura quando, no final deste mesmo ano, a Amazon apresentou a Alexa ao mercado e começou a trabalhar com desenvolvedores e parceiros para incluir sua IA nas mais possíveis tarefas.
Enquanto aqui no Brasil estão começando a ser produzidos equipamentos como lâmpadas inteligentes e tomadas que dão propriedades smart a objetos como cafeteiras, esse tipo de produto já é bastante comum nos EUA, onde nem é tão impossível (e caro) equipar uma casa com dispositivos desse tipo.
Outra grande mudança proveniente da indústria das ideias culminou no fim do relacionamento com as empresas de TV a cabo. Sim, o corte dessa relação pode ser visto como um benefício que recebemos com o aumento de produtos voltados para o consumo de vídeo.
Mas é importante destacar que esse ecossistema de experiência engloba mais produtos inovadores lançados nesta década, como tablets, telefones com telas acima de 5 polegadas e aparelhos como Chromecast, Fire TV e Apple TV, que dão propriedades de smart TVs para televisões que já não são atualizadas de forma nativa por esses apps.
É incrível né? Essas melhorias surgiram há uma década e já mudaram a forma como nós vemos o mundo e isso é incrível.
Aliás, não podemos esquecer que sem o 4G, nenhuma das tecnologias listadas antes teria tido a capacidade de se firmar no firmado. Ele é a teia que une diversas tecnologias, produzidas por diferentes empresas em várias partes do mundo. Foi com o 4G que surgiram apps que se conectavam em tempo real (e com velocidade e qualidade aceitáveis) com servidores para executarem ações como checar o saldo do banco ou pedir um carro.
E foi essa tecnologia que serviu como base para a plataforma de diversos serviços que utilizamos hoje. Até por conta dos claros benefícios que essa conexão proporcionou, quando comparamos com o 3G, é que existe tanta gente na expectativa para a implementação do 5G todas as novas e até agora impensadas novas possibilidades de uso e interação que ele proporcionará.
Uma boa ideia leva luz ao ordinário, faz girar uma economia mais atenta a diferentes possibilidades. Uma solução criativa causa aquele sorrisinho de canto de boca que você dá quando vê algo que te surpreende, é uma experiência marcante.
O valor de uma ideia está no uso que se faz dela Thomas Edison.
Você tem feito uso de suas ideias?
Deixa nos comentários qual das ideias da última década você achou mais criativa.