O sonho de qualquer chef é ter a sua cozinha reconhecida internacionalmente. Para isso, muitos buscam se especializar, conhecer novos sabores e combinações que trazem as melhores experiências ao paladar dos clientes. O que muitos donos de restaurantes não sabem é que o local não precisa ser requintado para receber estrelas ou receber o reconhecimento merecido, pois o que realmente é avaliado pelos inspetores é a qualidade da comida. Um dos reconhecimentos mais esperados pelos chefs são as estrelas do guia Michelin, que atualmente podem fornecer de uma a três estrelas, assim como a classificação Bib Gourmand e Estrela Verde aos restaurantes visitados. De acordo com o site, quando o restaurante recebe a classificação Estrela Verde, quer dizer que, além da gastronomia boa, o restaurante também preza pela sustentabilidade. O Bib Gourmand é a recomendação dos restaurantes com as melhores relações qualidade-preço, já uma estrela Michelin reconhece uma cozinha requintada, que vale conhecer; duas estrelas, uma cozinha excelente, que vale o desvio; e três estrelas representam uma cozinha excepcional, que, com certeza, vale a viagem! Atualmente, no Brasil, existem 4 restaurantes classificados com 2 estrelas, 10 com uma estrela e 37 reconhecidos com o Bib Gourmand, que é a recomendação mais procurada pelos clientes que buscam uma comida boa, mas que cobram preços mais atrativos. Todos os restaurantes estão localizados nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. De acordo com o site do Guia Michelin, os inspetores seguem alguns critérios para avaliar os estabelecimentos de modo anônimo. Além de serem especializados na degustação, recebem treinamento adequado para provar as melhores comidas e avaliam as refeições seguindo cinco critérios estabelecidos pela companhia: 1) qualidade dos produtos; 2) domínio do sabor e de técnicas culinárias; 3) a personalidade do chef na cozinha; 4) relação qualidade/preço; 5) consistência entre visitas. Os inspetores visitam os espaços como um cliente comum e pagam normalmente pela sua refeição, para que não recebam tratamento especial que possa prejudicar a avaliação. Além disso, uma classificação nunca é obra de apenas um inspetor; vários visitam os restaurantes ao longo do ano, para fornecer uma classificação mais justa. As avaliações não são comunicáveis, apenas no momento de classificar que elas são avaliadas. Embora a história dos irmãos Andre e Edouard Michelin tenha se iniciado em 1889, na França, com uma empresa de pneus, a classificação de estrelas para restaurantes se iniciou mesmo em 1926, marcando uma estrela para restaurantes que eles e alguns clientes seletos apreciavam durante as viagens. Cinco anos depois, as classificações subiram de 0 a 3 estrelas, e, dez anos depois, em 1936, foram publicados os critérios de avaliação dos estabelecimentos. Atualmente, segundo o site, o guia avalia mais de 30 mil estabelecimentos, em mais de 30 territórios, em três continentes. Os inspetores não avaliam a decoração interior, a mesa ou a qualidade do serviço para atribuir as estrelas eles avaliam a qualidade da comida. Daí a nova classificação do Bib Gourmand, batizado em homenagem ao mascote oficial da empresa, que reconhece estabelecimentos agradáveis e que servem comida de qualidade a preços moderados. Isso abre portas para que qualquer estabelecimento com uma boa comida e com um chef com personalidade e criatividade possa concorrer a uma classificação internacional. Não importa o tamanho do seu estabelecimento, ou se a sua cozinha é pequena; com apenas um fogão e um botijão de gás 13 kg, o que importa é o resultado de qualidade.Critérios de avaliação para receber as classificações do Guia Michelin
A história do Guia Michelin
E você, sabia dessas classificações?