Com várias propriedades medicinais, o ginseng de origem paranaense vem crescendo no número de exportações. Isso mostra que o trabalho realizado pela Associação de Pequenos Agricultores de Querência do Norte (Aspag) vem se consolidando no mercado externo. Somente na quinta venda de 2021 para o Japão, a associação enviou 3,6 toneladas da raiz picada e desidratada. Com isso, o ritmo de trabalho continuará acelerado entre os produtores. Noroeste do Paraná: o Pantanal paranaense Querência do Norte faz divisa com Mato Grosso do Sul, o que traz uma característica fundamental para o plantio de ginseng: o solo, que garante uma colheita com qualidade o ano todo. Na cidade de terra úmida, o ginseng é predominante principalmente nas ilhas e várzeas do Rio Paraná, o segundo maior rio da América do Sul, localizado bem próximo à cidade com pouco mais de 12 mil habitantes. O ginseng, no entanto, só começou a gerar negócios na região no final da década de 1990, quando os agricultores locais se juntaram a pesquisadores e técnicos da Emater-PR. Até então, os produtores utilizavam fogo para limpar a vegetação que escondia o ginseng. No entanto, a prática da queimada, além de crime ambiental, estava colocando o ginseng em risco de extinção. Com isso, os técnicos da Emater incentivaram o cultivo de forma correta, respeitando a preservação da espécie e do meio ambiente. Expectativa de comercialização O ginseng brasileiro tem atraído compradores de todos os cantos, inclusive de países europeus e asiáticos. A França, por exemplo, adquire três toneladas por ano do produto, enquanto o Japão cerca de uma tonelada. De olho nesse mercado, a expectativa dos produtores é aumentar a exportação a fim de alavancar negócios também com mercado nacional ao agregar o diferencial do produto com a obtenção do registro de Indicação Geográfica (IG) fornecida pelo INPI, na modalidade de Denominação de Origem. O registro implica no reconhecimento e proteção ao valor agregado do ginseng brasileiro cultivado na região. Nesse processo, a Aspag conta com apoio da Prefeitura de Querência do Norte, acompanhamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), universidades, com suporte e orientação do Sebrae/PR. Além disso, a produção de ginseng impacta as famílias que trabalham na cadeia de produção, de forma direta, atrai atenção para a cidade aumentando o potencial turístico, integrando produtores, instituições de pesquisas e poder público. Quer saber mais sobre o Programa Origens Paraná? Acesse o link e saiba tudo sobre atuação,análise do potencial, estruturação, mercado, visibilidade e muito mais!