Não é preciso uma pesquisa aprofundada para comprovar que a alimentação funcional se tornou uma tendência, basta olharmos as redes sociais para notar que está atrelada a uma geração de usuários em busca de hábitos mais saudáveis.
No entanto, por priorizar alimentos frescos e nutritivos, a utilização generalizada do termo funcional acaba sendo errônea em alguns momentos e tende a confundir os consumidores e o mercado de modo geral. Isto porque a alimentação funcional circula no universo fitness e das dietas milagrosas.
Apesar de fazer bastante sentido, é importante sair do foco estético e entender, de fato, qual a real importância da alimentação funcional. Quais os benefícios? Para quem ela se destina?
Alimentação funcional protege e nutre o organismo contra doenças
A maior contribuição da alimentação funcional, além do valor nutritivo, é proteger o organismo de doenças. São produtos e alimentos sem conservantes e sem derivados animais, que priorizam o uso de ingredientes simples e naturais.
Certamente é ideal para pessoas que prezam por uma alimentação saudável, mas é ainda mais essencial para quem possui algum tipo de intolerância alimentar, por exemplo, pois permite a seleção daquilo que faz bem ou não para o organismo.
É como entender o próprio corpo e saber o que ele precisa para ser mais forte e o que ele não precisa.
Outro estereótipo a ser quebrado sobre a alimentação funcional é a sua relação com as tais dietas restritivas. Essa expressão, apesar de comum, pode tornar o processo ainda mais complexo para pessoas que possuem intolerância a determinados alimentos.
Intolerância não significa restrição: nem para quem consome, nem para quem comercializa
Uma das dificuldades que pessoas com intolerância enfrentam é também a falta de opção seja em supermercados, restaurantes, lanchonetes, delivery, conveniências, entre outros locais e serviços de uso comum.
Basta observar: infelizmente, dificilmente se encontra um alimento funcional em uma gôndola de posto de gasolina, na vitrine de uma padaria local ou no expositor de uma banca de revista sabe aquele belisco que todo mundo procura quando bate aquela fome?
É fato que existem extremos cuidados com a produção, manuseio e embalagem desses alimentos para evitar contaminações. Por outro lado, há marcas que seguem rigorosamente os protocolos, permitindo que esses produtos sejam produzidos corretamente, expostos e consumidos em diferentes locais, permitindo e auxiliando que esses ambientes possam se adequar às necessidades desse público.
Quer ver um exemplo? Em março de 2005, iniciamos o desenvolvimento de um produto livre de ingredientes que pessoas com intolerância não podem consumir.
A partir de uma receita à base da brasileiríssima mandioca, livre de glúten, leite, ovo e conservantes, nasceu a Não de Queijo - uma opção de alimentação funcional e inclusiva. O tradicional pão de queijo, mas, nesse caso, sem queijo.
Por que inclusiva? Porque criamos algo que atende exclusivamente as necessidades desse público, mas sem deixar de ser algo apetitoso para aqueles que buscam novas experiências gastronômicas.
Criamos um produto que estimula as mesmas sensações de uma pessoa que pega na mão um pãozinho de queijo tradicional mineiro. O mesmo aroma, a mesma textura e o mesmo sabor.
A nossa receita atende vegetarianos, veganos, celíacos, intolerantes a lactose e todos aqueles acostumados a uma dieta sem restrições. Queremos que as dietas deixem de ser um motivo de exclusão e se tornem mais um motivo para estarmos todos juntos à mesa.
O reforço da identidade de pessoas com intolerância alimentar seria uma bandeira a ser levantada por toda a indústria e comércio?
Como olhar de forma mais assertiva e objetiva para os desejos desse público? Tudo começa com a mudança de mindset atitude ou reconfiguração de pensamentos.
Aspectos de saudabilidade, conveniência e praticidade, são pilares muito importantes para atender a necessidade de uma alimentação mais inclusiva. É sobre abrir oportunidades para que todos os tipos de alimentações sejam acessíveis a todos, inclusive para os intolerantes.
Foi observando o mercado e conversando com pessoas com intolerância alimentar, como no caso de portadores da doença celíaca, que a Não de Queijo encontrou o seu propósito.
Queremos democratizar a alimentação funcional e ser um alívio para as dores de pessoas que não se sentem livres e confortáveis para tomar um café com amigos em uma loja de conveniência, por exemplo, ou simplesmente um jantar de família em um restaurante.
Essa foi a maneira que encontramos de ampliar o cardápio de experiências com alimentos funcionais que possuem ingredientes naturais, com propriedades benéficas ao organismo e que abrace todos os públicos.
Esperamos que esse conteúdo possa motivar mais empreendedores em seus negócios, sejam eles segmentados ou não, a fim de reforçar a identidade de pessoas com intolerância alimentar frente aos produtores, indústrias e comércio.
Abraços e até a próxima!