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Precisamos entender o que é a Educação Financeira

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Precisamos entender o que é a Educação Financeira
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Os indivíduos precisam realizar diversas escolhas financeiras, algumas simples, como a compra de um utensílio, enquanto outras mais complexas, como a aquisição de um imóvel. Para efetuar o devido investimento, pagamento ou tomada de crédito, as pessoas necessitam de informação e de algum conhecimento financeiro. Para Campbell (2006), esse conhecimento é a educação financeira. Para Jacob et al (2000, p.8), o termo financeira aplica-se a uma vasta escala de atividades relacionadas ao dinheiro nas nossas vidas diárias, desde o controle do cheque até o gerenciamento de um cartão de crédito, desde a preparação de um orçamento mensal até a tomada de um empréstimo. Enquanto que, educação implica o conhecimento de termos, práticas, direitos, normas sociais, e atitudes necessárias ao entendimento e funcionamento destas tarefas financeiras vitais. Isso também inclui o fato de ser capaz de ler e aplicar habilidades matemáticas básicas para fazer escolhas financeiras sabias. Desta maneira, pode ser entendida como a capacidade de compreender os recursos financeiros e ser capaz de tomar as melhores decisões ao usar esses recursos (MASSARRO, 2013). Ser financeiramente educado significa que a possibilidade de tomadas de decisões equivocadas tende a diminuir. Para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esta capacidade educacional pode ser entendida como:

O processo pelo qual consumidores/investidores financeiros aprimoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros e, por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo, desenvolvem as habilidades e a confiança para se tornarem mais conscientes de riscos e oportunidades financeiras, a fazer escolhas informadas, a saber onde buscar ajuda, e a tomar outras medidas efetivas para melhorar seu bem-estar financeiro (OCDE, 2005, p. 5).


Desta forma, educação financeira vai além de obtenção de informações e entendimento financeiro. A OCDE (2005) indica que o nível de educação financeira apresentado por um indivíduo pode influenciar suas escolhas. Essa afirmativa implica que os investimentos serão tanto bem-sucedidos quanto maior for o nível de conhecimento financeiro. Mankiw (2001, p.543) afirma que o investimento em educação é tão importante quanto o investimento em capital físico para o sucesso econômico a longo-prazo de um país. Assim sendo, a educação financeira pode ser entendida como o conhecimento que ocorre através do resultado de treinamentos específicos, experiências e habilidades adquiridas. 

A importância da educação financeira pode ser analisada sob diversos aspectos: de bem-estar pessoal, jovens e adultos podem tomar decisões que prejudicaram o seu futuro; as consequências incluem desorganização das contas domésticas até inclusão em sistemas de proteção de crédito como SPC/ SERASA, que afetam o consumo e sua imagem para o sistema financeiro. Em casos extremos, pode levar à sobrecarga de um sistema público já precário, ou levar a políticas públicas corretivas; alguns exemplos são o aumento ou simplesmente o aumento de impostos e contribuições para equilibrar os déficits orçamentários de pessoas não necessariamente pobres por meio de esquemas de compensação, até mesmo aumentando a base taxa para controlar o consumo e reduzir a inflação, e total dependência de sistemas como SUS e INSS (LUCCI et al, 2006 p.4)

Geralmente, a educação financeira é compreendida como o simples corte de gastos e acúmulo de poupança, porém para Brutes e Seibert (2017) sua função é conscientizar para uma melhor qualidade de vida, mantendo assim o equilíbrio financeiro sustentável. A qualidade de vida costumeiramente está vinculada ao poder de compra, ou seja, o status que uma pessoa pode mostrar para a sociedade, desta maneira, para manter um padrão de consumo e de vida os indivíduos não analisam suas aquisições, apenas as realizam. Esse imediatismo se traduz em uma saúde financeira desequilibrada. O comportamento imediatista advém da ausência da educação financeira, o entendimento sobre o controle do dinheiro e sua utilização devem ser praticados e treinados não apenas na fase adulta, mas ao longo da vida evitando assim o endividamento (CARARO; MEROLA, 2018). Este entendimento também é aceito por Reis (2016) que afirma que a educação financeira deve começar com as crianças e se estender até o fim da vida. Dado que a relação com o dinheiro começa muito cedo, os empreendedores precisam entender que suas decisões e ações financeiras podem ter repercussões não apenas agora, mas no futuro.

 Segundo Braunstein e Welch (2002), no artigo do boletim do Federal Reserve, o controle ineficiente do dinheiro deixa os indivíduos frágeis em momentos de crises. Sob uma perspectiva mais ampla, as operações de mercado ficam comprometidas quando indivíduos não têm habilidade para administrar suas finanças. Quando os agentes possuem conhecimento financeiro, o mercado torna-se mais competitivo e eficiente (LUCCI et al, 2006, p.4). Neste pensamento, a OCDE (2005) afirma que a educação financeira é um processo que deve ocorrer continuamente, sendo necessário um programa de educação financeira de longo prazo que atenda às necessidades do indivíduo.  No Brasil o Decreto nº 7.397 de 2010 criou a Estratégia Nacional de Educação Financeira, que possui a finalidade de promover a educação financeira em todo território, contribuindo para o fortalecimento da cidadania e refletindo em tomadas de decisões conscientes (BRASIL, 2010).

Portanto, a educação financeira busca compreender o nível de entendimento financeiro da população. A tomada de decisão ideal só pode ocorrer com o conhecimento adequado dos princípios financeiros. Para Campbell (2006), as pessoas que são mais treinadas e têm conhecimento financeiro podem fazer escolhas e decisões mais assertivas. Compreende-se que a educação financeira é a junção dos conhecimentos de controle, planejamento e organização das finanças (SILVA et al., 2018). Assim sendo, o indivíduo financeiramente educado conseguirá controlar suas finanças de tal forma que suas decisões e escolhas sejam as melhores possíveis.

 


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