Já participei e encaminhei diversos projetos para avaliação de Fontes de Fomento: FINEP, Fundação Araucária, BNDES, CNPQ, CAPES, MCTIC, e diversos outros fomentadores. Alguns tiveram êxito e outros tantos não. Aí fica o questionamento, no que nossa equipe errou ?
Na pré-qualificação, sempre por não atendimento aos requisitos formais do instrumento
Erros mais comuns:
Envio de documentação incompleta;
Envio após a data limite;
Falta de via impressa ou assinaturas;
Falta CD de backup; Isso mesmo, teve um tempo que você tinha que mandar um CD com os arquivos para o órgão de fomento. (sou desse tempo);
Falhas na relação de itens solicitada;
Inelegibilidade de membro do consórcio executor;
Total falta de aderência aos objetivos da Chamada;
Preenchimento incorreto ou incompleto do Formulário;
Na avaliação de mérito por baixo conteúdo inovador, fraco atendimento aos objetivos do instrumento ou ainda insuficiência de recursos disponíveis
Erros mais comuns :
Ausência de inovação tecnológica;
Falta de clareza quanto aos objetivos e metodologia;
Mecanismos de coordenação gerencial mal definidos;
Cronograma físico e financeiro inadequados;
Ausência de elementos priorizados pelo instrumento (cooperação, compartilhamento, incorporação de resultados, etc.);
Distinção entre contrapartida financeira e não-financeira;
Por que os projetos deixam de ser apoiados ? Consórcio executor
Proponente (depois Convenente) - Responsável pela celebração do convênio e pela execução gerencial e financeira do projeto;
Executor e Co-executores - Responsável(is) direto(s) pela execução técnica do projeto;
Interveniente(s) - Entidades que não recebem recursos do projeto mas, beneficiárias dos seus resultados, participam assumindo obrigações em nome próprio, podendo participar da execução técnica do projeto e aportar recursos de contrapartida;
Por que os projetos deixam de ser apoiados ? Contrapartida
Contrapartida financeira investimentos feitos diretamente no projeto pelas instituições envolvidas, adquirindo produtos ou serviços de terceiros, comprováveis através de notas fiscais e recibos;
Contrapartida não-financeira recursos materiais e humanos próprios das instituições que são disponibilizados para o projeto, comprováveis através de termos de uso, cessão, transferência, etc;
Calcular a contrapartida como percentual do projeto total, e não como percentual do orçamento FINEP ou outro órgão do governo.
Lembre-se:
· Seja honesto com o financiador. Não tente vender uma idéia que já existente como novidade. Existem formas de buscar informações sobre isso.
· Indique os produtos e concorrentes que se aproximam da inovação proposta, mas evidenciando as vantagens da Inovação.
· O financiador não investirá em uma inovação que já existe, portanto, não deixe esta impressão.
Recomendações:
· Equilíbrio entre a abordagem micro e macro a questão da informação suficiente;
· Qualificação da equipe executora adequabilidade ao projeto; o conjunto de saberes demandados pelo projeto pode e deve ser descrito no Resumo da Equipe Executora;
· Foco nas características da Chamada Pública;
· Foco na Banca de Avaliação equilíbrio entre aspectos científicos e mercadológicos, com os efeitos de desenvolvimento social, institucional ou regional.
Uma nova abordagem
· o problema busca a solução, e não o contrário;
· Novos tempos em uma cultura de projetos;
· tempo de construção do projeto;
· o tempo de acreditação do projeto;
· o tempo de redação do projeto;
· o tempo de leitura cega do projeto (à luz dos critérios de avaliação de mérito);
· o tempo de ajustes do projeto;
· Engane Murphy (o da lei), pois ele não aparece para ajudar, pelo contrário.
Aprendizado efetivo com Felipe Couto - Senai e Cesar Bellinati Angelus.
Comunidade Ambientes de Inovação comunidadesebrae.com.br/inovacao