Schumpeter se não foi o primeiro economista a falar sobre inovação, foi certamente quem mais destacou a sua importância e contribuição para o desenvolvimento econômico entende por desenvolvimento apenas as mudanças da vida econômica que não lhe forem impostas de fora, mas que surjam de dentro, por sua própria iniciativa.
O processo de desenvolvimento, portanto, não se confunde com o mero crescimento da economia, demonstrado pelo crescimento da população e da riqueza. O desenvolvimento, no sentido adotado por Schumpeter, é um fenômeno distinto, [...] uma perturbação do equilíbrio, que altera e desloca para sempre o estado de equilíbrio previamente existente. (SCHUMPETER, 1939, p. [84] Essas mudanças ou inovações são, portanto, o fenômeno fundamental do desenvolvimento econômico. (SCHUMPETER, 1975, p. 54).
A partir dos anos 70, o tema inovação passou a atrair um número sempre crescente de pesquisadores acadêmicos, que muito contribuíram para a compreensão dos mecanismos e circunstâncias em que se 15 processam as inovações. Finalmente, na última década do século XX, a inovação passou a ser reconhecida como um fator essencial para a competitividade e incluída na agenda estratégica de muitas organizações. (BARBIERI, 2003, p. 13) Hesselbein sintetiza esse pensamento, ao afirmar que todos concordam em que estar aberto às ideias, abordagens e sistemas inovadores é imperativo no mundo de hoje. (HESSELBEIN et al., 2002, p. 1).
A percepção da importância da inovação, especialmente para o desenvolvimento regional, é a tônica do APL de Metais Sanitários, o APL acredita que o momento presente necessita de algumas transformações por uma outra via que não exclusivamente endereçada pela montagem de plantas produtivas, hoje precisamos de algo no campo da gestão, e a inovação entra nessa questão como elemento definidor e diferenciador de um novo processo de desenvolvimento. A indústria inovadora é aquela que pratica a inovação sistemática, permeada por um processo contínuo e permanente de produção de inovações, de qualquer natureza ou porte. Em outras palavras: Indústria inovadora é a que introduz novidades de qualquer tipo, em bases sistemáticas, e colhe os resultados esperados. A expressão bases sistemática significa a realização de inovações com autonomia, intencionalidade e proatividade através de novos processos, produtos e serviços que demandam a conjugação de conhecimentos advindos de inúmeras e variadas fontes.
Diante desse quadro, o processo de inovação ganha complexidade. As ideias para inovação podem vir de fontes internas e externas à firma, ou mesmo de outras esferas institucionais, como a universidade; as inovações originadas nas organizações tendem a ser utilizadas em diferentes contextos, particularmente em ambientes menos compromissados com os usos tradicionais das tecnologias e produtos existentes. (PIRES, 2008, p. 38).