Carolina Dantas é mãe e CPO da behup e, assim como muitas mães e pais está vivendo o desafio da educação durante esta pandemia.
A behup, incomodadas com a falta de dados a respeito do assunto, realizaram um estudo profundo sobre o tema utilizando técnicas de investigação comportamental que reúnem antropologia, neurociência e ciência de dados.
Após falarem com mais de 2,4 mil mães e pais de todo o país para chegar a um diagnóstico completo da perspectiva de quem, além da sobreposição com o trabalho ou do desafio do desemprego, também assumiu a missão importantíssima da educação formal dos filhos.
- 30% DAS CRIANÇAS NÃO POSSUEM DISPOSITIVOS COMO COMPUTADOR OU CELULAR FREQUENTEMENTE DISPONÍVEIS PARA OS ESTUDOS;
- 63% DOS PAIS ACREDITAM QUE O CONTATO PRESENCIAL FAZ TODA A DIFERENÇA NO APRENDIZADO;
- -27% NÚMERO DE PAIS QUE DECLARAM O ENVOLVIMENTO DOS FILHOS COM A EDUCAÇÃO COMO ALTA;
Falta de contato social e conflitos com a criança são os principais problemas do ensino em casa.
ONDE ESTÁ O PROBLEMA?
Quando nos aprofundamos e entendemos o dia-a-dia do ensino com antropologia digital, as narrativas predominantes que emergem são reclamações sobre:
1. falta de concentração das crianças;
2. falta do contato com a comunidade escolar;
3. cansaço e sobrecarga de tarefas dos mentores, falta de concentração das crianças;
4. falta de preparo e conhecimento para ajudar nas tarefas escolares;
5. falta de acompanhamento do rendimento individual pelas escolas;
6. falta de equipamentos para o ensino online;
7. aumento do abismo social.
O aprendizado e interesse pelos estudos caíram em uma parcela considerável de crianças, especialmente se os pais têm pouco grau de instrução. Muitas mães e pais recorrendo às telas como forma de distração dos filhos. Netflix, YouTube e celular em geral é onde as crianças têm passado o tempo na quarentena
HÁ LUZ NO FIM DO TÚNEL:
Houve durante o isolamento social, uma aproximação de pais e mestres, seja por entendimento mútuo da dificuldade do momento, seja pelas interações mais frequentes entre escola e pais, seja pela empatia gerada pela vivência de mães e pais com as dificuldades diárias do ensino de seus filhos, provocando um movimento de valorização dos professores.
O retorno às escolas pode aproveitar esse diálogo construído na comunidade escolar para solucionar problemas de evasão, rendimento e re-socialização das crianças. Se aproveitado bem, esse momento de empatia pode ajudar na reconstrução de uma comunidade escolar mais forte e engajada, beneficiando toda a sociedade.
A pesquisa completa você acessa aqui: https://behup.io/educacao-na-pandemia-parte-2/
Ouça o podcast da Elisa Tawil com a participação da Carolina Dantas e saiba mais sobre esse assunto
Fonte: Vieses Femininos por Elisa Tawil
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