Está pensando em fazer um novíssimo orçamento para controlar seus gastos? Isso é algo com o qual estamos acostumados, mas que frequentemente traz um problema: apesar da boa intenção, se torna difícil seguir o orçamento, ou ele nos incomoda de alguma forma. Isso é comum por um motivo: orçamentos são insustentáveis. E por que? Porque focam nas necessidades e ignoram os desejos. É aí que vem o Plano de Gastos Consciente, um método de substituir o orçamento de maneira adequada. O problema dos orçamentos é que eles nos fazem olhar para trás, não para frente. E quando olhamos para o que gastamos, é normal que venha aquela sensação de culpa e arrependimento. E isso se repete mês a mês. É por isso que o importante é olhar para frente, não para trás. Essa é a base estratégica do Plano de Gastos Consciente. Veja bem, é um plano para gastar, não economizar. O pensamento por trás de tudo foca em cultivar bons hábitos de gasto e consumo, e não proibir a si mesmo de gastar. Aqui está o método para cumprir o seu Plano de Gastos Consciente: Vamos fazer um panorama do seu dinheiro e dos gastos que você tem. É possível fazer uma divisão dos seus gastos em quatro categorias diferentes: Custos fixos (aluguel e contas): liste tudo que você precisa para viver ao longo do mês, incluindo aluguel/hipoteca, pagamentos de carro, empréstimos, seguros e contas de serviços públicos. Anote tudo, inserindo o custo ao lado. Quando terminar, acrescente 15% do valor, apenas para garantir que você vai cobrir coisas não registradas num primeiro momento. Depois disso, subtraia o total do seu salário líquido mensal. O ideal é que esse valor seja entre 50-60% da sua renda líquida. Investimentos importantes (fundo de reserva, aposentadoria e afins): o foco aqui são nos investimentos para necessidades extras, como um fundo de reserva para cobrir eventos imprevisíveis que precisem de um gasto, assim como economias voltadas para a aposentadoria. O objetivo é guardar pelo menos 5-10% da sua renda, depois dos impostos, para essas contas. Metas de poupança (adiantamento da casa, fundo de férias): o próximo passo é olhar para os objetivos financeiros futuros. Você pode dividir essa sessão em curto, médio e longo prazo de poupança. As de curto prazo são para presentes ou itens que você já está esperando para comprar há um tempo. Médio prazo inclui pagamento inicial de um carro, e as de longo prazo são para grandes objetivos, como pagamento de entrada numa casa. Juntando os investimentos acima e as metas de poupança, 20% da sua renda devem ir para essas economias. Um gasto consciente do que você quer: simplesmente o dinheiro que vai para o que você quer, sem mais justificativas. As viagens de uber, a pipoca do cinema, um lanchinho da tarde com os colegas do trabalho, as compras no shopping. Essas coisas que são difíceis de prever e preparar, e que fazem parte da nossa vida social e pessoal. São os gastos variáveis, itens de consumo, passeios e afins, as coisas que nos dão alegria e ânimo. O ideal é que você separe de 20-30% para esse tipo de gasto. Lembre-se: o foco do Plano de Gastos Consciente é nos gastos que você vai e pode ter, não nas coisas que você não poderia fazer. É sobre gastar nas coisas que são importantes, inclusive nas que você ama. A frugalidade é importante, mas igualmente essencial é encontrar um equilíbrio entre a economia e o consumo. Por isso que a divisão 50/30/20 é uma solução tão bela e simples. O plano é sobre o que você vai gastar antes de começar a gastar. Agora, mãos à obra! Estou por aqui, se precisar de alguma outra informação! Comece um Plano de Gastos Consciente
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