Crise faz com que muitas micro e pequenas empresas recorram aos bancos para pedir empréstimos, mas é preciso cautela para não correr riscos e analisar as finanças da empresa.
Em tempos de crise econômica, causada pela pandemia do novo coronavírus, os donos das micro e pequenas empresas estão, cada vez mais, buscando meios para manter ou retomar seus negócios.
Uma das alternativas é o acesso ao crédito e o Sebrae mantém uma coletânea com mais de 170 linhas que podem ser usadas por esses empreendedores para vencer as dificuldades e prosseguir com investimentos. Porém, é importante adotar alguns cuidados ao procurar um empréstimo, seja ele em instituições financeiras privadas ou oficiais.
O alerta é feito por especialistas do setor, que estão orientando os pequenos negócios, por meio de lives que acontecem nos próximos dias, durante a Semana do Crédito, realizada pelo Sebrae em formato on-line.
É preciso estar atento aos cuidados nesse momento, ter um plano de negócios
Afirma o analista do Sebrae Pedro Martins, que abriu a série de lives voltadas para o tema, ao lado do gerente nacional de Microfinanças da Caixa Econômica, Sidney Rodrigues.
Na oportunidade, o técnico do banco federal afirmou que hoje um dos principais meios para os pequenos negócios obterem recursos é o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
É um programa que tem oito meses de carência e pode ser adquirido em mais de um banco, desde que o valor do empréstimo não ultrapasse 30% do faturamento de 2019
Explica o gerente. Sidney alertou, no entanto, que todo o processo depende do cadastro do empresário.
Pedro Martins complementou lembrando que além do plano de negócios, são necessários outros cuidados para saber se o crédito é o melhor caminho para o negócio nesse momento de pandemia.
É preciso avaliar os gastos que podem ser cortados como, por exemplo, o pacote de internet, o uso da energia, afirma o analista.
O empresário deve procurar alternativas para incrementar a receita, inclusive avaliando os gastos pessoais, que não podem sair do caixa da empresa, observa Martins.
Durante a live, o analista do Sebrae ressaltou que a instituição elabora uma coletânea com as possibilidades de crédito disponíveis no mercado para os pequenos negócios.
Adiantamos o lado do empreendedor, pois já relacionamos 177 linhas, observou Pedro Martins. Uma das linhas de crédito é oferecida pela Caixa, conforme ressaltou Sidney Rodrigues.
A mais comum delas é viabilizada com o Sebrae por meio do Fampe (Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas), voltado para os Microempreendedores Individuais (MEI), diz o gerente. O fundo é administrado pelo Sebrae e é usado para facilitar o acesso dos empreendedores a financiamento de capital de giro.
O Sebrae oferece o aval por meio do Fampe, mas não atua como instituição financeira. Porém, dá toda a assistência ao empreendedor, desde a solicitação até a liquidação do crédito. Pedro Martins observou ainda que o fundo pode ser usado como capital de giro, mas também para a aquisição de maquinários para a empresa, exportação da produção, entre outras finalidades. Aos donos de pequenos negócios, o analista deixou um recado:
O empresário tem que se qualificar e o Sebrae possui centenas de cursos de capacitação que devem ser consultados antes de elaborar plano de negócio ou tomar decisões.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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