Durante a pandemia, o uso de carteiras digitais para realização de pagamentos registrou um boom de crescimento em todo o mundo, cerca de 45%, frente a 23% em 2020.
O objetivo das variadas plataformas digitais é realizar o armazenamento de dinheiro e dados de cartões, através de aplicativos, para que as pessoas consigam realizar transações utilizando apenas o celular e sem custo operacional.
Segundo o economista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Denilson Lima, em entrevista explica que o crescimento também é explicado pela facilidade, segurança e vantagens geradas ao consumidor. Em paralelo, o vice-presidente sênior da Worldpay from FIS para a América Latina, Juan Pablo D"Antiochia, reforça que o brasileiro é bastante receptivo a novos serviços e tecnologias digitais.
A maioria dos brasileiros já utiliza carteiras digitais, apesar de nem sempre estarem cientes, a exemplo do auxílio emergencial, concedido pelo Governo Federal durante a pandemia, que se valeu de aplicativos para a liberação da quantia, após o depósito realizado pela Caixa Econômica Federal. A população encontra nas carteiras uma alternativa acessível, sem necessidade de abrir contas em bancos e sem taxas de manutenção e de transações.
A pesquisa World Payments Report, realizada pela Capgemini, ainda estima que os pagamentos sem moeda física devem registrar um crescimento anual de 18,6% até 2025. Em 2020, 14,5% do total de transações foram sem moeda física, em 2025, e esse número deve atingir a marca de 25%. Instrumentos tecnológicos como a biometria e as moedas digitais, como bitcoins e polkadot, devem sustentar esse crescimento.
O levantamento também destaca a possibilidade primária de bancos centrais ao redor do mundo criarem moedas digitais próprias. Dentre os países que possuem a intenção, estão Brasil, Austrália, Canadá, Índia e União Europeia. No entanto, a estreia de uma futura moeda do Banco Central brasileiro foi colocada em compasso de espera por dois anos.
Em entrevista ao Broadcast, Fábio Cossini, líder de soluções para bancos da Capgemini Brasil, afirma que, para as empresas, os pagamentos digitais determinam uma diminuição de custos, ao tornar possível a redução de estruturas físicas para processamento de pagamentos, além de fornecer maior agilidade no fluxo de caixa.
O líder de soluções ainda afirma que as empresas de pagamento não desaparecerão, mas que o atual contato entre bancos e o público será completamente transformado. "As maquininhas físicas deixam de existir uma hora ou outra, mas a tecnologia por trás das maquininhas, como a segurança, a rede de comunicação, isso permanece", comenta.
Com as condições de isolamento geradas pela pandemia, muito se adaptou e avançou na questão do universo virtual e digital, principalmente os pagamentos e recebimentos por estes canais.
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