Conta-se, embora haja quem questione, que certa vez, Albert Einstein, proferiu:
Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.
Essa é uma frase muito utilizada sob a intenção de evocar algum tipo de mudança no curso das ações afim de se obter resultados que estejam mais consistentes e coerentes com o que se deseja.
Se a ação é a alavanca para qualquer mudança ou transformação nos resultados, precisamos então investigar:
Quais são os fatores que conduzem o indivíduo a atuar de uma ou de outra forma?
A partir dessa reflexão, Rafael Echeverria, sistematizou um modelo para nos ajudar nessa investigação que é denominado modelo OSAR (Observador, Sistema, Ação e Resultado), base para a prática do coaching ontológico.
O modelo propõe uma ênfase no resultado como forma de avaliar a vida que queremos. E sob essa perspectiva, uma transformação é resultado, bem-estar também é resultado.
Vejamos agora como desencadeia o caminho de aprendizagem a partir do modelo:
Aprendizagem de primeira ordem
Se estamos satisfeitos com as consequência de nossas ações, ou seja nossos resultados, isso nos inclinará a manter o curso do que temos feito até agora, o contrário, ou seja, se os resultados são ineficazes ou não satisfatórios, buscaremos uma forma de intervir para modificá-los segundo nossa expectativa.
Dessa maneira, nos fazemos perguntas como:
Porém, se buscamos aprender em outros níveis, mudar as ações não é inteiramente suficiente.
Aprendizagem de segunda ordem
Neste ponto do modelo buscamos compreender quais os fatores que nos levaram ou nos levam a atuar da maneira como fazemos. E, ainda, o que condicionou o nosso atuar.
Encontramos na raiz das nossas ações dois tipos de condicionantes: condicionantes visíveis e condicionantes ocultas.
As condicionantes visíveis que são fatores relativamente fáceis de se identificar como por exemplo:
O outro tipo, são as condicionantes ocultas, que remete a investigar mais profundamente quem é o observador e o sistema ao qual pertence.
Em uma parte de um de seus poemas, William Blake, comenta: O olho alterado tudo altera.
Quando somos capazes de alterar o nosso olhar, e o tipo de observador que somos, a partir de novas distinções que fazemos sobre as coisas e a vida, estamos realizando um aprendizado de segunda ordem. A partir desse novo olhar, novas distinções e interpretações podemos realizar ações que antes não seriam possíveis.
Aprendizagem transformacional
As novas possibilidades de percepção, em função da alteração na nossa forma de olhar o mundo, promove em nós certas mudanças que podem ser desde mais superficiais até as mais profundas.
Por um lado, somos o resultado dos sistemas sociais que nos constitui enquanto, por outro lado podemos perceber que nossas ações afetam esses mesmos sistemas que nos constituem.
Assim, uma mudança mais profunda, consiste em mudar nosso sistema (nosso núcleo duro) moldado por nossas distinções, juízos, emoções, postura, que são formados a partir dos espaços relacionais que habitamos como: a empresa, família, o bairro, a escola, o ambiente social etc.
Ao mudarmos o observador que somos e o sistema em que habitamos estamos promovendo em si uma aprendizagem transformacional, dando-se conta de novas possibilidades de atuação no mundo.
E você, já sabia do método OSAR? Nos conte sua experiência.