Um dos assuntos mais inovadores no mundo da educação e que tem sido destaque no mundo todo é o chamado movimento maker. O termo tem suas origens, entre os anos de 1990 e a primeira década de 2000, com o advento das mídias digitais aliado ao movimento Faça você mesmo do inglês Do It Yourself ou DIY, e também do Faça com os outros, Do it with others (DIWO).
O movimento maker consiste em uma das tendências de práticas inovadoras que se originou da formação de grupos de pessoas com interesses similares, que focam no compartilhamento de ideias para melhoria e aprofundamento dos conhecimentos sobre um produto qualquer, no sentido de melhorá-lo e de facilitar sua produção em diversos mercados.
A cultura maker de aprendizagem e a criação compartilhada vêm se disseminando em todo o mundo e têm motivado especialistas em educação a conhecer melhor suas premissas e como as mesmas podem enriquecer os processos de aprendizagem nos ambientes de educação formal.
Educadores defendem que trabalhar com projetos pautados na cultura maker, introduz estudantes em um contexto de formação científica que permite o desenvolvimento e a aplicação dos conceitos estudados na sala de aula para a produção tecnológica.
Espaços makers vêm surgindo em todo o mundo em prol do empreendedorismo e inovação.
Como exemplo de espaços que surgiram sob a ótica maker temos os Laboratórios de Fabricação FabLabs, cujo objetivo é fomentar o potencial empreendedor e inovador através da experimentação das máquinas disponibilizadas e pela troca de conhecimento gerado com a rede de FabLabs.
Projetado originalmente como plataformas de prototipagem para o empreendedorismo local, os FabLabs estão cada vez mais sendo adotados por escolas internacionais como plataformas baseadas em projetos mão-na-massa da educação, principalmente nas áreas de ciências, matemática, tecnologia e engenharias.
Ambientes makers, como os FabLabs, já estão presentes na educação, em âmbito internacional, e alunos e professores são beneficiados. A proposta educacional do espaço maker dos FabLabs, converge com os estudos de Dewey (1976), que reforçam que professores devem trabalhar conteúdos teóricos a partir de experiências da vida real, e possibilitando aos alunos vivenciar e compreender a aplicação desses temas à realidade de suas vidas, expandindo assim suas referências internas a partir de suas próprias experiências.
As práticas de fazer e testar são potenciais para democratizar a fabricação pessoal e oportunizar o conhecimento, a aprendizagem, a invenção e a inovação em diferentes meios.