Para que o produto turístico adentre ao conceito preconizado pela Economia da Experiência deve considerar as seguintes diretrizes ou domínios [1]:
ENTRETENIMENTO: a oferta do produto turístico deve proporcionar uma sensação agradável, prazerosa para o visitante, permitindo-lhe inicialmente uma participação passiva na experiência enquanto os atendentes no papel de atores dão o seu show e o envolvem na trama.
EDUCAÇÃO: o visitante deve aprender algo novo na experiência proporcionada, incluindo a história, tradições e cultura, e os saberes típicos da empresa, seus produtos e serviços.
Um pouco diferente do entretenimento, na educação, há participação do cliente para a construção do aprendizado a fim de aumentar seu conhecimento e habilidade com a experiência.
ESTÉTICA: a empresa e seus atendentes devem ter sua apresentação trabalhada para o conceito da história e da cultura, pois o belo motiva e envolve. Nesse domínio se enquadram os trabalhos de tematização e cenarização de espaços e a teatralização dos personagens e processos, tudo integrado à trama e enredo em questão.
EVASÃO: a experiência é tão intensa que o consumidor perde a noção do tempo, acaba ficando mais na empresa, pois se agrada da experiência, da história e do lugar e assume sensações escapistas.
Assim, neste estágio o cliente se deixa envolver pela experiência de modo ativo, chega a personificar uma figura da trama. Isso lhe permite vivenciar sensações e experiências por meio da recreação, acessando seus 5 sentidos sempre que possível.
Envolvido que está, o cliente fica mais tempo e consome mais! Por isso devem ser elaboradas estratégias para que os atendentes disponham tempo para o relacionamento com o cliente e também para oferta de outros serviços e produtos que ocupem seu tempo com qualidade.
Entretenimento + Educação + Estética + Evasão
Esses quatro elementos contribuem para tornar a experiência incrivelmente memorável!
[1] PINE, J. II; GILMORE, J. The Experience Economy: work is theatre and every business a stage. Boston: Harvard Business School Press, 1999.