Na seção de hortifruti, morangos suculentos com sabor agridoce chamam muito a atenção dos consumidores. Para manter essas características, o fruto delicado exige condições nutricionais e físicas do solo, já que é melhor produzido em solos areno-argilosos, bem drenados, ricos em matéria orgânica e de boa constituição física. Além disso, saber de onde o produto veio e de que forma ele foi cultivado, colhido, embalado e entregue aos estabelecimentos comerciais também são critérios que os consumidores levam em conta na hora da compra. E é aí que entram os produtores de morango do norte pioneiro do Paraná. Produção integrada Segundo a Emater, a região do norte velho é considerada a maior produtora de morangos em todo o estado. A produção integrada dos produtores locais têm elevado os padrões de qualidade do produto, permitindo a rastreabilidade de todas as etapas do processo conferindo maior valor agregado. Além disso, no campo, essa produção integrada ao ambiente específico do cultivo permite a conservação ambiental, redução de custos de produção, aumento na rentabilidade da lavoura, segurança ao trabalhador rural e maior desenvolvimento regional. A Indicação Geográfica O registro de Indicação Geográfica (IG) é destinado a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem. Esse programa atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria a esses produtos, tornando-os únicos em relação aos similares. Além disso, a qualificação dos produtos pela IG traz uma série de benefícios aos produtores, como: O sucesso da cultura de morango no norte pioneiro (Jaboti, Japira, Pinhalão e Tomazina) No norte pioneiro, 95% das plantações de morango são em canteiros, o que garante terra úmida e com muitos nutrientes fatores importantes para a geração de bons resultados aos produtores. O sistema semi-hidropônico corresponde a 5% das plantações na região. Aqui, são utilizadas estufas suspensas que garantem mais proteção e, consequentemente, qualidade aos frutos. Esse sistema é mais prático de ser instalado, pois consiste em pequenas porções de substrato inerte ensacadas, que são umedecidas por meio de um sistema de irrigação interno. Esse substrato pode ficar apoiado em cavaletes ou palanques, mantendo o local organizado. Por meio desse substrato inerte, os produtores conseguem monitorar as principais propriedades do solo, uma vez que ele serve como parâmetro para saber quais nutrientes o morangueiro necessita mais e quais não está utilizando. Seu monitoramento não precisa ser tão constante, facilitando ainda mais a administração do produtor. No entanto, esse sistema ainda é caro para o produtor, uma vez que o valor é aproximadamente R$50 mil a unidade, com capacidade para dez plantas. Além disso, o sucesso da cultura de morangos na região não está relacionado apenas ao clima ideal para o cultivo, mas também ao trabalho árduo dos produtores que seguem à risca a coordenação técnica e de inovação oferecida pela Emater e pelo Sebrae. E é exatamente esse conjunto de fatores que garante a produção de qualidade e a sustentabilidade do negócio. Quer saber mais sobre o Programa Origens Paraná? Acesse o link e saiba tudo sobre atuação, análise do potencial, estruturação, mercado, visibilidade e muito mais!