Se o mundo globalizado e uma pandemia causaram mudanças na forma como somos e agimos, por que a mudança no formato da moeda não o faria?
Vamos voltar no tempo e
compreender a importância do surgimento do dinheiro. Quando trocávamos
excedentes de produção por outros de outros grupos, famílias ou tribos, havia
um câmbio subjugado pela necessidade de cada um sobre cada bem. No discorrer,
tem-se o momento em que um bem é indesejado por outro grupo, tornando-se
irrisório como troca. Por exemplo, se uma família não desejar trocar mais panos
por vinhos, vou exigir a cada troca uma quantidade maior da panos. E, para
solucionar esse problema de câmbio direto entre bens surge a moeda, no qual
cada bem produzido possui seu valor ancorado em um material de troca.
Pois bem, sabemos que cada tribo
e consequentemente país cunhou sua moeda, e carrega-la se torna uma garantia de
consumir bens necessários para sua sobrevivência. E, note a importância,
carregar o dinheiro válido àquele local, como moeda de troca, garante sua
sobrevivência, seja alimentação, segurança ou pouso.
E, como dito no início, um mundo globalizado e digital, também é sinônimo de liquidez ou agilidade nas transações de qualquer informação ou bem. E da mesma forma a moeda. Cada vez mais digital, seu valor está intrínseco em números na mesma tela que você, caro leitor, lê esse texto e outras milhares de informações, sendo algumas até irrelevantes, no seu dia.
Ou seja, a moeda em formato
digital, por mais segura que aparente estar, deixa você desprotegido do seu
controle, permitindo que a use, sem medir o esforço que aquilo te custou, bem
como o volume que já consumiu, afinal, são números, e não mais troca física de
um bem por outro.
Logo, se nossa relação com a
moeda se alterou por se tornar digital, por qual motivos a trocamos? A resposta
é simples: porque acreditamos que aquilo vale. E aqui vale citar alguns
exemplos em que não percebemos o custo: uma compra com cartão digital parcelada
em dez vezes em parcelas que cabem no seu bolso, ou uso do cartão de crédito no
dia a dia, no qual percebemos o consumo individual, mas não a saída do dinheiro
ou o quanto podemos gastar ainda para equilibrar as contas, e até mesmo no uso
do cartão de débito ou transação no pix.
Então ao seu negócio, seja
existente ou pretendido, não se prenda em promoção, consistindo em reduzir os
preços, mas sim, na forma como irá divulgar e apresentar seu produto ou
serviço. Um argumento de venda bem construído aliado a um bom relacionamento
com seu cliente irá fazer toda diferença, e pode apostar, ao longo do tempo
trará mais clientes para sua empresa do que promoção que cria o hábito nos
clientes em buscar somente, e justamente, mais promoções.
[TAREFA] Comece a observar o
porquê escolhe um determinado bem no aplicativo de comida ou no supermercado. Seu
preço realmente é o menor, ou ele te conquistou de outras formas?
Gostou do texto? Quer abrir seu negócio e gostaria de mais orientações como esta?
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Fonte: Guia de Tendências 2022/2023 SEBRAE/PR