Existem muitas teorias sobre Liderança, algumas são vistas como modismos, outras têm comprovação científica sólida. Algumas delas começaram a ser elaboradas no final do século XIX, por Taylor e Fayol, considerados os pais da administração científica e clássica, respectivamente. Essas teorias estavam baseadas fortemente nas relações de comando e controle ou seja, uma relação em que o chefe manda e os subordinados obedecem.
Ao longo do tempo, as chamadas Escolas de Administração, como a de Relações Humanas e em seguida a Comportamentalista, desenvolveram seus estudos partindo das teorias Clássica e Científica, adicionando melhorias. Como exemplo, podemos citar um dos teóricos da Escola Comportamentalista, Douglas McGregor, que apresentou sua visão sobre a forma de liderar através das teorias X e Y com conceitos diametralmente opostos entre si: a Teoria X era baseada em comando e controle, enquanto a Teoria Y já dizia que os funcionários são capazes de trabalhar produtivamente, necessitando de pouca atuação direta dos líderes.
Outras teorias também surgiram ao longo do tempo, como:
Liderança Contingencial, desenvolvido por Fred E. Fiedler, que partia do princípio de que o estilo de liderança de uma pessoa é fixo, ou seja, a pessoa é voltada ou para resultados, ou para relacionamentos, e que, dependendo da situação, deve trocar-se o líder. A situação deve buscar o líder mais adequado à mesma, de forma a garantir efetividade na busca por soluções.
Em contraposição à teoria contingencial, ainda na década de 60, Robert R. Blake e Jane S. Mouton desenvolveram a teoria do GRID Gerencial, considerando os líderes voltados para pessoas ou para resultados. No entanto, também segundo essa teoria, não havia qualquer impedimento que fossem voltados tanto para as pessoas quanto para resultados.
Na década de 70, Robert House desenvolveu estudo sobre a teoria da Liderança Carismática. De acordo com esta teoria, os liderados atribuem capacidades extraordinárias de liderança a seus líderes, quando observam neles determinados comportamentos.
Paul Harsey e Ken Blanchard desenvolveram a teoria da Liderança Situacional, que liga as ações dos líderes à situação dos liderados no que diz respeito à maturidade e prontidão para ação, com o líder dirigindo, ensinando, apoiando ou delegando.
Existem muitas outras teorias sobre liderança, mas pretendo concluir com um tema quase nunca mencionado, que são os Liderados, e vou usar uma frase do contra-almirante William Leahy, da Marinha dos Estados Unidos: Você pode ser o chefe, mas é apenas tão bom quanto as pessoas que trabalham para você.
Os verdadeiros líderes devem capacitar os seus liderados para que estes sejam cada vez melhores, transformando isso em um círculo virtuoso.