As smart cities ('cidades inteligentes', na tradução do inglês) basicamente são cidades que, por meio de criatividade e inovações tecnológicas, aumentam a qualidade de vida de seus moradores e diminuem o impacto ambiental de suas atividades. O conceito é amplo e abre um grande leque de possibilidades e desafios afinal, o funcionamento de qualquer cidade é algo complexo, e torná-lo melhor envolve uma longa série de fatores.
Os focos de uma Smart City
O estudo contínuo IESE Cities in Motion Index, que avalia o quão 'inteligente' uma cidade é, usa nove critérios de análise:
- Capital humano;
- Coesão social;
- Economia;
- Gestão pública;
- Governança;
- Meio ambiente;
- Mobilidade e transporte;
- Planejamento urbano;
- Reconhecimento internacional;
- Tecnologia.
Essa lista ajuda a entender como é possível contribuir para aprimorar o funcionamento de uma cidade a partir da perspectiva das smart cities. Como veremos na sequência, startups podem desempenhar um papel fundamental nessa transformação.
Iniciativas inteligentes
É fácil citar exemplos de cidades inteligentes (a edição de 2020 do IESE Cities in Motion Index, por exemplo, aponta Londres, Nova York, Paris, Tóquio e Reykjavík como as cinco cidades mais inteligentes do mundo), mas é preciso lembrar que cada uma tem sua própria realidade, e as soluções usadas variam.
Em Nova York, por exemplo, sensores em semáforos e ônibus ajudam a deixar o trânsito mais fluido. Em Londres, no bairro de Westminster, sensores de peso nas ruas alimentam um aplicativo que mostra se há vagas de estacionamento disponíveis.
Naturalmente, há iniciativas aqui no Brasil também. Em Curitiba (PR), por exemplo, há mais de 100 semáforos especiais com sensores de cartão magnético, que pedestres com menor mobilidade (como idosos) podem usar para aumentar o tempo em que o semáforo fica fechado para os carros. Em São Paulo (SP), os 400 km de ciclovias e a taxa de 85 pontos de acesso à internet por 100 habitantes também são exemplos de iniciativas inteligentes.
Potencial e desafio das Smart Cities
A princípio, as inovações de uma smart city se sustentam em três pilares: poder público, iniciativa privada e população (usuários). O foco do primeiro está em incorporar as soluções ao funcionamento da cidade; a iniciativa privada normalmente colabora com a inovação propriamente dita; e a população precisa usar as soluções com respeito e consciência.
É importante que os gestores públicos sejam transparentes e estejam abertos a iniciativas que fogem dos padrões. E muitas dessas iniciativas vêm de startups, que precisam conhecer bem os problemas da cidade e trabalhar em harmonia com o poder público para viabilizar novas soluções.
A responsabilidade envolvida é muito grande, já que estamos falando de tecnologias e abordagens que impactam a vida de populações às vezes com potencial para ser escaladas em nível internacional.
O que achou do tema? Quer saber mais sobre como contribuir para a 'transformação inteligente' de cidades? Deixe um comentário!
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