Gestão da inovação foi um tema muito discutido na última década. Isso se deve a sua capacidade de trazer ideias revolucionárias e moldar a maneira como fazemos negócios, por isso, as empresas têm demandado cada vez mais profissionais criativos.
Entretanto, a inovação não acontece do nada. Um navio precisa das velas, além do capitão e de uma tripulação dedicada que saibam como manejá-las. Assim, a gestão da inovação requer uma ferramenta e pessoas motivadas a usá-la.
Uma ferramenta dedicada à inovação é uma grande aliada na obtenção de resultados concretos. Isso ajuda a manter a totalidade de ideias, discussão, categorização e gerenciamento de processos.
Fonte da imagem: https://blog.aevo.com.br/processo-criativo-passos-e-obstaculos/
A criatividade aumenta quando apresentamos a alguém as metodologias de inovação, principalmente àqueles interessados por modelos de negócios. A dúvida mais comum é se precisamos ou não usar a criatividade para inovar.
As ferramentas de criatividade são usadas durante um processo regular de inovação. As equipes devem gerar novas ideias para explorar sua viabilidade como modelos de negócios adequados. As fases desse processo são desafiadoras. Os profissionais de inovação desenvolveram uma ampla gama de ferramentas por consequência desses desafios, mais uma prova de que elas ajudam as pessoas a liberar e alimentar sua criatividade inata. Regras, procedimentos e métodos geralmente restringem a criatividade.
Podemos separá-las em dois grupos: ferramentas divergentes e convergentes.
Ferramentas divergentes: elas se concentram na geração do máximo de ideias possíveis. O processo geralmente leva alguns minutos durante uma sessão de ideação.
Não criticar ou julgar novas ideias à medida que surgem é uma regra básica. Isso porque a negatividade é a melhor maneira de aniquilar qualquer processo criativo. Os inovadores devem permitir que seus cérebros funcionem livremente. Isso os ajudará a gerar tantas possibilidades quanto possível. Qualquer filtragem e mesclagem virá posteriormente, durante o processo de convergência.
Ferramentas convergentes: elas se esforçam para analisar, filtrar e mesclar ideias para selecionar as melhores.
Essas ferramentas têm um propósito claro. Elas ajudam a organizar, filtrar e selecionar todas as ideias que são geradas durante o processo de divergência. Esta etapa requer uma mentalidade e ferramentas diferentes. Ela se concentra na análise e na síntese de ideias.
Fonte da imagem: https://digilandia.io/gestao-e-lideranca/como-desenvolver-a-criatividade/
1. Brainstorming
Brainstorming é uma técnica que envolve a geração de uma lista de ideias criativa e não estruturada. O objetivo é gerar o máximo de ideias possíveis em um curto período de tempo. A ideia principal do brainstorming é pegar carona ou usar uma ideia para estimular outras ideias. Durante o processo de brainstorming, TODAS as ideias são registradas e nenhuma ideia é desconsiderada ou criticada. Depois que uma longa lista é gerada, pode-se voltar e revisar as ideias para criticar seu valor ou mérito.
2. Manter um diário
O diário é uma forma eficaz de registrar ideias nas quais se pensa espontaneamente. Ao carregar um diário, pode-se criar uma coleção de pensamentos sobre vários assuntos que mais tarde se tornam um livro-fonte. As pessoas costumam ter ideias em momentos e lugares incomuns. Ao manter um diário, pode-se capturá-las e usá-las posteriormente ao desenvolver e organizar materiais na fase inicial.
3. Escrita livre
Ao escrever livremente, a pessoa se concentra em um tópico específico e escreve sem parar sobre ele por um curto período de tempo. A ideia é escrever o que vier à cabeça sobre o assunto, sem parar para revisar. Isso pode ajudar a gerar uma variedade de pensamentos sobre um tópico em um curto período de tempo, que podem ser reestruturados ou organizados posteriormente de acordo com algum padrão de arranjo.
https://www.uoledtech.com.br/blog/cultura-organizacional-como-ferramenta-de-inovacao/
1. Mapeamento (mapas mentais)
O mapeamento envolve colocar as ideias do brainstorming na forma de um mapa visual ou imagem que mostra as relações entre elas. Começamos com uma ideia ou tópico central e, em seguida, desenhamos ramos do tópico principal que representam diferentes partes ou aspectos do tópico principal. Isso cria uma imagem visual ou "mapa" do tópico que o escritor pode usar para desenvolver o tópico mais adiante. Por exemplo, um tópico pode ter quatro ramos diferentes (subtópicos), e cada um desses quatro ramos pode ter dois ramos próprios (subtópicos do subtópico).
2. Chapéus do pensamento
O Chapéu do pensamento é uma técnica amplamente difundida, pois é ótima para explorar as vantagens e desvantagens de cada ideia.
A técnica dos Seis Chapéus do Pensamento (Six Thinking Hats) foi proposta por Edward de Bono e promete produzir resultados rápidos e decisivos em reuniões, trazendo a neutralidade e expandindo as possibilidades que aparecem.
Abaixo você confere o pensamento que cada um dos chapéus representa:
Fonte da imagem: https://miro.medium.com/max/2000/1*iEDa9VyiP0oYesFj4Jr3ew.png
A ideia é que diferentes pessoas utilizem chapéus diferentes depois de apresentar as ideias, ou seja, eles devem analisar o pitch de perspectivas diferentes. Também pode ser útil ter a mesma pessoa usando vários chapéus. Isso tudo nos obriga a olhar para a mesma ideia de ângulos diferentes. O feedback que essa técnica gera é precioso. Ajuda a equipe a trazer novas perspectivas para a discussão, logo, descarta as ideias que não passaram no teste e melhora as que passaram.
3. O teste de cem dólares (compra de ideias)
O valor do teste pode variar de acordo com o público selecionado. O gestor do projeto compra as ideias que julgar interessantes por uma quantia fixa de dinheiro. Mas isso não é uma regra. Podem não haver preços definidos. Assim, o gestor define um valor para cada uma delas: quanto melhor, mais bem paga é.
Este teste permite que a equipe obtenha feedbacks valiosos. Eles podem obter feedback de estranhos, filtrar ideias e deixar de lado os preconceitos. Na terminologia científica, essa ferramenta também é conhecida como Votação Cumulativa ou Método dos Cem Pontos.
https://unisecal.edu.br/blog/como-estudar-com-mapas-mentais/
Tanto as ferramentas divergentes quanto as convergentes são usadas durante as diferentes fases do processo de inovação. Também podemos criar uma estratégia que combine as duas ferramentas, dependendo dos nossos objetivos.
Às vezes, adaptar-se a uma ferramenta não é fácil. Requer um facilitador com experiência e paciência para liderar o processo. Ele escolhe as ferramentas certas e conduz as pessoas a trilhar o caminho. As organizações também devem analisar suas finanças para então decidir as soluções e ferramentas mais apropriadas.
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