Na conferência do Gartner, empresa global de pesquisa e consultoria, pude participar de uma conferência sobre mudança de cultura organizacional que trouxe luz sobre esse tema tão importante e controverso num mundo em rápida transformação.
Diante de mudanças de qualquer ordem dentro das organizações, a primeira preocupação transformada rapidamente em julgamento expresso em palavras e ações (muitas vezes em demissão) é a tal resistência à mudança dos colaboradores.
Hoje, as palavras de uma especialista da área, soaram como música suave nos meus ouvidos.
Isso é um mito!
Por que é um mito?
As pessoas não resistem à mudança. Ao contrário, o que elas têm é medo da mudança. Muito desse medo é devido a falta de informações. Elas não tem o quadro completo da mudança. Outro fator que sustenta esse medo, é a falta do conhecimento exigido no novo cenário. Somado a isso, um cenário de incerteza e pouca clareza do futuro desencadeia a baixa autoconfiança, fazendo com os pensamentos se tornem confusos e as atitudes inseguras.
E o que fazer?
Grande parte da responsabilidade no engajamento da equipe para a mudança necessária é dos líderes, que deveriam dedicar tempo suficiente para compreender o que se passa com cada pessoa da equipe, fazendo mais perguntas do que afirmações, sendo transparente com as informações, e oferecendo oportunidade para aquisição do novo conhecimento. A autoconfiança é aumentada à medida que os pequenos desafios sejam superados e reconhecidos. Somado a isso, qualquer processo de mudança requer aceitação do erro e o aprendizado colaborativo.
A outra parte depende de cada pessoa da equipe envolvida no processo da mudança. Cada um deveria, também, assumir a sua responsabilidade na busca pelas respostas necessárias para tornar o cenário mais claro, além de mostrar-se flexível e disponível para os novos desafios.
O processo da mudança é desafiante e, muitas vezes, árduo para todos!