Logo Comunidade Sebrae
Home
bedtime
Imagen da logo do Sebrae
icone menu de opções
Iníciokeyboard_arrow_rightAmbientes de Inovaçãokeyboard_arrow_rightArtigos

O Modelo de Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação nas organizações

avatar IZOULET LIMA MOREIRA CORTES FILHO
Izoulet Lima Moreira Cortes Filhofavorite_outline Seguir perfil
fixo
thumb_up_alt
O Modelo de Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação nas organizações
Criado em 14 JUN. 2020
text_decreaseformat_color_texttext_increase

A inovação nas organizações, assim como no desenvolvimento associada aos territórios, possui uma multidimensionalidade que deve ser observada. Pode ser entendida como uma rota em busca da diferenciação e da competitividade das organizações.

Pode ser fechada, feita internamente ou aberta, buscando o aumento de competências e conhecimento necessários para ampliar a competitividade, não necessariamente em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mas que tendem a prevalecer sobre o modelo fechado. Mas raramente tem-se a inovação linear quando a as atividade de P&D e Inovação (P,D&I) seguem em sequencia, entre outras possibilidades.

Independente disso, a inovação pode ser entendida como um processo e, de acordo com Peter Drucker, constitui-se como uma disciplina da Administração. Precisa ser gerenciada, medida, controlada a fim de se obter os melhores resultados, ou seja, que permitam a competitividade, considerando investimentos, processos, alocações de recursos e a conquista de mercado, cujo retorno operacional rentabilize os investimentos e permita resultados líquidos apropriados (em respeito a estratégias, objetivos e visão dos negócios).

Tanto que disciplinar o conceitual e operacionalmente a inovação, inclusive em termos de mensuração de resultados, onde houve a necessidade de homogeneização, que deu-se internacionalmente com destaque à contribuição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE com a edição do Manual de Oslo (Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica, de 1990), o Manual de Frascati (Diretrizes para coletar e relatar dados na pesquisa e no desenvolvimento experimental, de 1963) e o Manual de Canberra (Mensuração de recursos humanos dedicados em ciência e tecnologia. 1995), que estabelece o tripé de referências clássicas universais para medir os insumos e os resultados econômicos, bem como os resultados tecnológicos de P,D&I.

Junto desses, existem normas técnicas, que apoiam o estabelecimento de padrões, como é o caso da ABNT NBR 16501 (Brasil), AENOR UNE 166001-166002 (Espanha) e ISO/IEC 33000.

Individualmente esses manuais e normas tratam de recortes específicos de todo o processo considerando, em especial, as atividades de P&D. Gerenciar as atividades de P,D&I nas organizações não era uma atividade trivial.

Havia um grande desafio técnico e multidisciplinar em integrar diferentes manuais e normas em duas vertentes: conquistar mercados cheios de incertezas e governar o processo, observando os riscos.

Nesse sentido surgiu o Modelo de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - MGPDI*, observando as melhores referências e práticas internacionais.

Ele busca contribuir efetivamente para a promoção da inovação e melhorar continuamente os processos de gestão da P,D&I nas organizações. O Modelo foi proposto pela Associação Sul-riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software SOFTSUL, em 2008, com apoio de recursos da FINEP, incluindo  aprendizado do Modelo de melhoria do processo de software (MPS.BR) e em consonância com a Lei de Inovação.

O MGPDI* contempla:

  • Um modelo de referência baseada em manuais, autores e práticas internacionais (Manual de Oslo, Frascati, Inovação Aberta (Chesbrough), GoInnovate e TRIZ, entre outros). E em diretrizes de normas como ABNT NBR 16501, AENOR UNE 166001 e AENOR  UNE 166002 para gestão da inovação;
  • Um modelo de avaliação baseado na família de normas internacionais ISO/IEC 33000, ISO/IEC 15504, etc.;
  • Um modelo de negócio, expressas em documento próprio.

Também considera a ISO 56002, Sistema de Gestão da Inovação, a mais nova norma contemplada na concepção do modelo.

No modelo existem três perfis de processo, equivalentes aos níveis de maturidade desses, em ordem crescente. Que são:

1) Processos executados; 

2) Processos Gerenciados e ;

3) Processos definidos e institucionalizados.

Estão ao todo, são onze processos distribuídos nos três níveis, com um conjunto de três perfis com atributos de processos e todos eles estão organizados, cobrindo toda a amplitude da P,D&I nas organizações.

O Modelo também compõe-se de profissionais, implementadores, avaliadores, instrutores e habilitado. Existe uma Equipe Técnica responsável pela criação e melhoria contínua do Modelo de Referência, Modelo de Avaliação e guias específicas do MGPDI*, composta por profissionais experientes, além de um corpo voluntário de Senior Advisors para orientar e aconselhar a Equipe Técnica do Modelo e a Unidade Executora do Projeto.

O MGPDI* contribui para a gestão e, consequentemente, dos resultados de P,D&I das organizações, de forma integrada e observando as melhores práticas internacionais, observando os diferentes níveis de maturidade organizacional. O modelo prevê a implementação, a avaliação e acompanhamento, além da formação e certificação de consultores e implementadores oficiais.

Constitui-se em uma ferramenta relevante para definição, avaliação produtos e serviços inovadores cunhada no Brasil, adequada ao contexto das empresas nacionais, de forma pioneira a inovadora no mundo, contemplado tanto a entrega de profissionais especializados capazes de implantar o modelo e certificar empresas, quanto ao fato de ter as próprias empresas habilitadas e certificadas em melhores práticas.

 

Se gostou desse texto clique em PARTICIPAR na Comunidade Ambientes de Inovação.

 

Texto referenciado:

WEBER, Kival; ANTONIONI, José Antonio; MELCHIONNA, Rosane; VILLALOBOS, María Teresa; DUARTE, Ana Marcia; HERBERT, Juliana; MACHADO, Cristina; PEREIRA, Radamés; SCHWENING, Cristiano. MGPDI*: modelo de gestión de la i+d+i en las organizaciones. 360: Revista de Ciencias de la Gestión, [s.l.], n. 2, p. 16-29, 2017. Sistema de Bibliotecas PUCP. http://dx.doi.org/10.18800/360gestion.201702.001.

 


* MGPDI é marca registrada no INPI pela SOFTSUL.


 

avatar IZOULET LIMA MOREIRA CORTES FILHO
Izoulet Lima Moreira Cortes Filho
Administrador de empresas, com habilitao em comrcio exterior, Ps-Graduado em Poltica, Estratgia e Planejamento e Mestrando em Propriedade Intelectual e Transferncia de Tecnologia. Atuante h 20 anos no ambiente tecnolgico em favor da inovaofavorite_outline Seguir Perfil
capa Ambientes de Inovação
Ambientes de Inovação
people 1413 participantes
Os ambientes promotores de inovação são ativos de transformação dos ecossistemas. Por isso, criamos aqui um espaço para compartilhar conhecimento e experiências que podem ajudar os empreendedores e heads de inovação. Conecte-se agora e faça parte desta comunidade você também!
fixo
Em alta
O que é Inteligência Artificial?
25 nov. 2023O que é Inteligência Artificial?
Economia Circular: Importância e Desafios
05 dez. 2023Economia Circular: Importância e Desafios
Para ver o conteúdo completo, bastase cadastrar, é gratis 😉
Já possui uma conta?