De acordo com a sua evolução intelectual e emocional, o ser humano experimenta diferentes estágios de desenvolvimento, por meio da aprendizagem. No mundo corporativo, observamos continuamente, novas necessidades no relacionamento entre líderes e liderados, assim, como, o aumento da cooperação, mediante a complexidade dos novos papéis assumidos.
A dinâmica das relações de trabalho, requer prontidão do líder para o apoio dos seus liderados em todas as fases, a fim de promover melhores condições de entrega. O compromisso do líder, com maior nível de maturidade emocional, não é tão simples como possa parecer. Ele requer, refinada prontidão perceptiva e, flexibilidade de comportamento, de acordo com o nível de complexidade de cada situação.
Podemos, entender esse movimento, como uma dança entre esses dois importantes atores organizacionais. Tal movimento, requer ajustes nos ritmos diferentes de cada momento. O Modelo situacional de Hersey e Blanchard, desenvolvido na década de 70, consiste na seguinte premissa: Não existe um único comportamento apropriado para todas as situações.
O nível de maturidade do líder, dos liderados e a complexidade do cenário, constituem as variáveis que norteiam o processo da liderança. Embora todas elas sejam relevantes, o foco é o comportamento do líder em relação ao nível de maturidade do liderado.
O modelo da liderança situacional considera 3 elementos- chaves: Os estilos de liderança, o nível de maturidade e a prontidão dos colaboradores para as tarefas. A liderança deve se adequar ao nível de desenvolvimento e necessidades de aprimoramento do seu time.
Os autores definiram 4 estilos básicos de liderança, associados a essa Teoria: Direção, orientação-persuasão, apoio e delegação. Tais comportamentos são dinâmicos e progressivos. Isso quer dizer que ao longo do dia, o Líder pode fazer diferentes intervenções no contexto do trabalho, mediante colaboradores que apresentam diferentes estágios de aprendizado.
A LIDERANÇA SITUACIONAL BASEIA-SE EM 4 ESTAGIOS:
- Estágio 1- Orientação e direcionamento das tarefas de seus liderados- baixo nível de experiência.
- Estágio 2- Orientação e argumentação, mediantes dúvidas e questionamentos dos processos de trabalho-baixo nível de experiência.
- Estágio 3- Apoio sócioemocional, relacionamento de proximidade com as necessidades das equipes, fomentando um processo de aprendizagem continua. Nível de experiência e motivação mediana.
- Estágio 4- Delegação- Autonomia e empoderamento dos liderados, levando em conta o querer (motivação) e o saber (habilidade e conhecimento)- Alto nível de experiência
Para se tornar eficaz no uso da liderança situacional, o Líder precisa dominar três competências: diagnóstico, flexibilidade e apoio para o desempenho. Cada uma delas requer o desenvolvimento de novos hábitos no trabalho. Pois é, na experiência e na repetição, que novos comportamentos de liderança são testados e validados pelo grupo.
Novas teorias sobre os estilos de liderança, têm contribuído com as exigências de um cenário de alta complexidade, Porém, a liderança situacional apresenta um diferencial. Na minha visão, ela contribui, com a percepção de que a pluralidade de estilos comportamentais no contexto do trabalho, faz muito mais sentido, do que um estilo único e distante das necessidades de aprendizagem dos grupos e das empresas.
Maria Cristina Costa Consalter
Psicóloga Organizacional e Mentora de Líderes.