A liderança ressonante é um tema, de vital importância para o mundo corporativo. A origem do termo ressonância, vem do latim resonare, ressoar. De acordo com a definição do Oxford English Dictionary, representa o prolongamento de sons, pela vibração da sincronicidade das ondas eletromagnéticas, que ressoam entre as partes e, geram um tom emocional positivo.
É inegável que as empresas necessitam desenvolver seus talentos, não somente para a execução das estratégias, mas também, para um ambiente propício à colaboração e inovação. E, isso requer um repertório de habilidades comportamentais, pouco explorados pela maioria dos Gestores, dentre elas: ser ressonante.
A mudança de mentalidade na gestão de pessoas, é um grande desafio para a transformação da cultura organizacional, pois, nenhuma organização, é capaz de se reinventar, quando os seus dirigentes, são pouco sensíveis à complexidade da dinâmica do mundo do trabalho.
As lideranças mais preparadas, são inspiradoras e confiantes, por vislumbrarem possibilidades de construir cenários futuros, baseado em estudos, pesquisas, visão compartilhada e o feeling apurado. E, isso não se conquista do dia para a noite, ao contrário, requer tempo, investimento de tempo, energia, perseverança e transparência no diálogo, entre os vários atores organizacionais.
No mundo corporativo, observamos líderes de todos os tipos: os ressonantes e os dissonantes (ressonância negativa) e, a marca registrada de cada estilo, é revelada pelo conjunto de valores, pela visão de mundo e, pelo modo como interagem com o ambiente.
No entanto, é por meio da consciência do propósito da liderança e, da construção da relação de confiança, que se favorece a exploração do aprendizado e da comunicação ressonante. Ser um líder ressonante, é a palavra de ordem! Essa competência, aumenta exponencialmente à predisposição dos colaboradores, ao engajamento e à busca de soluções criativas no dia a dia do trabalho.
O clima positivo e o bom-humor, são ressonantes e contribuem consideravelmente para os bons resultados organizacionais. No entanto, o Líder que gera dissonância, por não criar empatia com o grupo, tende a julgar o comportamento dos colaboradores, não compreendendo as suas emoções e tampouco, as do seu time.
Por outro lado, o líder ressonante é reconhecido por proporcionar um ambiente de trabalho saudável, aonde são visíveis: a interação e a mobilização dos esforços coletivos , para os objetivos da equipe e da organização. Tais atitudes, criam um belo sincronismo, como uma orquestra afinada, por meio dos seus talentos diferenciados.
Somente, quando o Líder atua de forma ressonante, percebe-se capaz de aproximar as pessoas, buscar conexão, diálogo e, entender as suas necessidades, de forma sensível e humanizada. Nesse sentido, faz uso de um repertório de habilidades da inteligência emocional. Dentre elas: a autoconsciência, a autogestão das emoções, a empatia e o relacionamento social, que funcionam como verdadeiros pilares para o desenvolvimento do comportamento ressonante.
Goleman, um dos maiores estudiosos desse tipo de inteligência, afirma que, cerca de 50 a 70% dos colaboradores, associam o clima da empresa ao comportamento do líder. Já que, ele cria o ambiente determinante para o estado de humor das pessoas e isso, colabora para o aumento do engajamento e da produtividade.
Complementando a visão do autor acima, William Friedkin, diretor e produtor de cinema e televisão, certa vez, fez uma excelente metáfora sobre a importância do humor do líder: como algo que oxigena, o sangue de seguidores a transfusão nas artérias corporativas.
Essa, pode ser uma das contribuições mais potentes, que o líder pode fazer em tempos de mudanças atuais. Qual a sua visão?
Maria Cristina Costa Consalter