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'O Futuro do Agro' Tema Capital Físico

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'O Futuro do Agro' Tema Capital Físico
Criado em 21 JUL. 2020
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O assunto de hoje é Capital Físico: 

Você já parou para pensar, se o modelo de sua gestão de estoque dos capitais físicos, têm atingido a melhor performance?

Ao desenvolver os seus negócios, muitos dos empresários no agro utilizam de forma ineficiente o estoque de capitais físicos que possuem. Isso impacta diretamente na lucratividade de seus negócios e na rentabilidade da sua empresa.

O que é um estoque de capital físico?

O Estoque de capital físico é composto pelo conjunto de bens produzidos/construídos pelo homem e que estão a disposição do mesmo, através do fornecimento de serviços por um período maior de tempo. Compõem o estoque de capitais físicos as edificações, as estradas, as máquinas e equipamentos, as ferramentas e utensílios de trabalho. A este capital se integram também os investimentos realizados em culturas perenes e semi perenes, assim como, os animais de trabalho e aqueles destinados a reprodução (SENAR, 2008). 

Talvez neste momento você não esteja satisfeito com a lucratividade em seus negócios, e gostaria de aumentar a rentabilidade. Sente que precisa melhorar os resultados da sua empresa e potencializar o retorno econômico em seus negócios.

A verificação da eficiência nos negócios perpassa por questões que vão desde a mensuração das necessidades reais e físicas de equipamentos e ferramentas, até questões imateriais, como segurança e autonomia. A destinação eficiente do lucro em uma empresa no agro, em investimentos necessários, podem gerar riquezas imensuráveis (materiais e imateriais).

Observa-se porém que, alguns investimentos (se não a grande maioria) são realizados sem  um estudo/planejamento prévio, que contemple a sua real necessidade e o retorno esperado. 

Ao meu ver, isso recai numa questão que abordamos no artigo da semana passada: a educação básica e fundamental recebida.  O aprendizado que recebemos não considera o desenvolvimento de uma inteligência comportamental e financeira. E com este balizador descalibrado algumas decisões e investimentos tendem a seguir no mesmo padrão. 

Investir o capital financeiro de nossa empresa familiar de forma equivocada pode gerar ineficiência no retorno desejado, gerando até mesmo ociosidade de bens. Essa ineficiência pode ser observada de diferentes formas, as mais comuns vão desde a utilização de forma incorreta ou inadequada até uma média baixa de utilização do bem devido a pouca demanda deste equipamento/bem. Isso evidencia-se ainda mais em pequenas empresas familiares. Somam-se a isso, a depreciação contábil, a depreciação tecnológica e a manutenção, as quais, na maioria das vezes acabam por nem aparecer nas discussões sobre investimentos.

Essa falta de inteligência comportamental e financeira podem gerar perdas de oportunidade de capital, ocasionando perda de oportunidade e retorno mais atrativo. Esse investimento poderia ser tanto em outros bens como em outras formas de ganho de capital, como por exemplo, em aplicações financeiras que apresentem rentabilidade atrativa. 

Um caso prático observado durante minha jornada são os investimentos em máquinas e equipamentos, como um trator por exemplo. Pesquisas mostram que um trator agrícola é utilizado em média 136 horas por ano em pequenas empresas no agro. Comparando a demanda de trabalho/serviço da máquina com o capital investido temos o diagnóstico de sua real necessidade e da decisão acerca do investimento.

Um outro link que podemos fazer neste momento de reflexão quando observado o aspecto da real necessidade na aquisição considerando sua demanda, valor investido e retorno, refere-se ao capital social que construímos. O capital social intangível pode nos dar suporte em produtos e serviços que não possuímos. O relacionamento com a comunidade que pertencemos e o grau de integração podem ser a chave para muitas questões na condução da empresa familiar. Através de um bom planejamento e de um espírito coletivo integrado problemas pontuais podem ser resolvidos.

Acredito que a solução está no equilíbrio entre a gestão financeira, a inteligência comportamental e o capital social, impactando diretamente na qualidade de vida dos membros da família.

Pensando em melhorar a performance da empresa, três itens se caracterizam como fundamentais nesse processo.

  • Primeiro, ter na ponta do lápis a sua empresa, ou seja, controlar o fluxo de caixa. Esse controle permitirá saber quanto que cada novo investimento pode gerar de resultados.

  • Segundo, comprar a partir da real necessidade da empresa, considerando onde estou e onde pretendo chegar, qual a meta empresarial. Importante considerar também, qual é o meu sonho individual e o sonho dos membros da empresa. Dessa forma, minimiza-se as possibilidades de realizar uma compra desnecessária, ou impulsionada por alguma oferta ou por alguma estratégia de vendedores. Aqui a inteligência financeira mostra-se estreitamente ligada à inteligência comportamental.

  • O terceiro está intrinsecamente ligado aos dois anteriores, somando-se e se constituindo num importante fator: a qualidade de vida. Neste item a mensuração ultrapassa a barreira do materialismo, do tangível. Aqui itens como satisfação, prazer na atividade desenvolvida, alegria, reconhecimento, bem estar físico e segurança são primordiais. 

Nesses mais de 23 anos de experiência, prestando serviços aos empresários do agro, tive o privilégio de encontrar produtores rurais dispostos a trocar a lente dos óculos. Através de estudos e planejamentos, baseados em dados e fatos, reformulamos estratégias dando suporte a decisões assertivas. O passo a passo descrito acima é uma importante ferramenta para fomentar as discussões e orientar o processo decisório, tendo como principal resultado a melhoria da qualidade de vida das pessoas. 

O sucesso sempre vai acontecer a partir  de um trabalho consistente, conjugado a inteligência financeira e comportamental!!

Eu acredito que você merece ter muito sucesso em seus negócios!!

 

Luiz Augusto Burei

Equipe Agroburei Agribusiness

 

REFERÊNCIAS

SENAR PR; SEBRAE; FETAEP; FAEP . Programa Empreendedor Rural. Projetos. 2008.

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