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O empreendedor Geraldo Rufino, Presidente da JR Diesel, primeira e maior empresa de reciclagem de peças de caminhões do Brasil e da América Latina, com sua palestra O Catador de Sonhos, abriu o primeiro dia da Feira do Empreendedor 2020, promovida pelo Sebrae.
Ele diz que já quebrou seis vezes, mas saiu de todas mais forte e mais rico. Bom, ele sabe como ninguém o significado da palavra resiliência. Seu espírito empreendedor se manifestou muito cedo. Aos 11 anos, ele começou a juntar dinheiro catando latinhas. Por dois anos ele escondia suas economias enterrando no lixão. Porém, quando o terreno baldio foi vendido, ele viu seu suado dinheirinho indo embora junto com as escavadeiras. Aqui quebrou a primeira vez!
Sem desanimar, deu início a um novo negócio na favela do Sapé, em São Paulo, onde morava. Montou um campo de futebol, mandou fazer dois jogos de camisas e cobrava para as crianças jogarem. Ganhou dinheiro, mas seu pai perdeu tudo, mais uma vez, quebrou!
Aos 14, foi contratado como office boy pelo Playcenter, um parque de diversões em que seguiu carreira até ser diretor de operações. Ainda jovem, abraçou paralelamente o empreendedorismo, comprando uma frota de caminhões, com os quais transportava adubo.
Em 1985, porém, os veículos bateram e deram perda total. Quebrou novamente! Rufino, então, desmontou os caminhões, vendeu as peças e descobriu uma oportunidade no mercado de reciclagem automotiva.
Surgia aí a JR Diesel, um negócio que, além de fomentar a geração de emprego e renda, fornece uma alternativa dentro da lei ao desmanche ilegal de veículos. Ele viu a oportunidade! Como ele diz em sua palestra, Olhe para o cavalo e não para o estrume.
No meio disso, no entanto, fez uma parceria com estrangeiros, que foram embora. Nós ficamos na mão, errei na estratégia e quebrei de novo: só que desta vez a conta era maior: R$ 16 milhões.
Trabalhando 14 horas por dia, Rufino desenvolveu e modernizou o negócio. Hoje, comanda uma empresa que fatura hoje R$ 50 milhões e cresce no mínimo 30% por ano. Determinado e não se deixando abater pelas dificuldades ele afirma que crises sempre existirão, elas são necessárias para evoluir, criar novas soluções.
Apesar de sua mãe ter morrido quando ele tinha sete anos, Rufino se refere a ela como seu grande exemplo e cita muitas das lições que aprendeu no pouco tempo em que conviveram. A primeira casa de que se lembra era um barraco de madeira: a construção simples, cheia de frestas, não segurava o sol da manhã. Muito religiosa, sua mãe dizia que aquela luz era divina, ensinando os filhos a ter gratidão por mais um dia de vida, hábito que ele segue até hoje, sempre agradecendo.
Também se lembra de acompanhar a mãe na ronda que ela fazia por feiras e na Ceasa (central de abastecimento), na hora da xepa, para pegar a comida que sobrava. E de sempre trazer mais que o necessário, para poder dividir com os vizinhos. Ele afirma que a força do empreendedorismo começa dentro de casa, a sensação de união, de equipe, de time. Pega mentoria, pega orientação, pega informação da mãe, do pai. Olha o que essas pessoas já viveram! Isso não tem em nenhuma universidade. Você precisa aprender a ouvir para evoluir. Para ele, a família é a base de tudo.
Para ele, os tempos não estão mais difíceis, são diferentes. É preciso parar de pensar negativo, de pensar que para o outro é mais fácil. Não terceirize a culpa: o governo, a pandemia, o dólar. Quantos motivos você precisa para não acreditar em você e empreender?
Empreender para Rufino é olhar de dentro pra fora, assumir as responsabilidades, entender e escutar o próximo, sempre agindo com simplicidade, paixão e de acordo com seus valores.
A Feira do Empreendedor ainda não terminou, hoje e amanhã ainda é dia e dá tempo de você aproveitar as palestras AO VIVO e também o que já passou! Clique aqui, e se inscreva
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