Parte do atual momento econômico, muito particular quando se fala em crise, teve origem, causas e consequências, no início da pandemia, no mês de março de 2020.
Agora no mês de outubro, quase no final do ano, começamos a perceber e a avaliar resultados. Pergunta: conseguimos atravessar e aprender desses momentos de provação e melhorar nossas capacidades e habilidades? Espero que a resposta seja sim.
A tal da quarentena e o fique em casa começam a apresentar resultados, econômicos e financeiros, para os simples mortais e para as empresas.
A partir do mês de agosto, o Brasil teve uma retomada das atividades. Parece que graças, em parte, ao aumento da liquidez nos mercados. Foi resultado da distribuição do auxílio emergencial, créditos para que as empresas pudessem suportar o momento de queda nas vendas e também alguma flexibilização monetária por parte do Banco Central.
A taxa SELIC, no menor patamar da história financeira do Brasil, em 2% ao ano. Teoricamente, ao baixar a Selic, o objetivo é o do estimular o consumo e aquecer a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta. Uma SELIC baixa significa que a inflação está sob controle. Mas, nesse momento, medida pelo IGP M, a inflação tende a subir. Fácil de entender, não é?
Analistas do INFOMONEY, site especializado em mercados financeiros, afirmam que durante o ano de 2020, a economia brasileira mostrou crescimento das exportações de produtos, alta do dólar e uma maior demanda interna em decorrência da pandemia. Uma das consequências se materializa na alta generalizada no preço dos alimentos básicos de consumo, de algumas matérias primas, dos combustíveis, da energia, por exemplo.
E para as empresas, principalmente as de pequeno porte, é um grande desafio. É a sua competitividade, a manutenção das operações produtivas e comerciais e até a sobrevivência no mercado em uma crise estranha como a atual. Exige respostas rápidas a todo tipo de desafio.
E um dos fatores que afeta a competitividade é a inflação, no caso, de custos. Esse tipo de inflação é gerada a partir de um aumento significativo de preços de algum insumo importante para sua produção ou comercialização. Esses custos deveriam ser repassados para os preços dos produtos finais, mas nem sempre é possível.
E o aspecto positivo dessa situação e de que com o aumento da demanda via aumento de liquidez no mercado, aconteça o repasse de custos aos preços sem maiores reações negativas do consumidor. Como poderia ser a troca de marca ou substituição de produtos.
De qualquer forma, se faz necessário o controle sistemático dos custos, caso contrário pode perder competitividade em preço e afetar negativamente o fluxo de caixa. E é aqui que o tal conceito de agregação de valor pode ajudar. Se a empresa aumenta seu preço de venda, o consumidor deve perceber que está recebendo algo a mais que justifique, que vale a pena pagar mais.
Na esfera pública, o controle da inflação deveria passa por medidas de aperto fiscal e monetário. Ou seja, gastos públicos mais baixos, impostos mais elevados e juros mais altos. Não é isso que está acontecendo. Há elevação da dívida pública e expansão monetária. O governo federal deverá equacionar essa situação para que não haja descontrole da inflação, de custos e de demanda, as duas ao mesmo tempo.
A pesar dessa realidade na atividade econômica, alguns indicadores estão apresentando sinais positivos. Parece até uma característica do Brasil. Com tanta situação real jogando contra, o país e as empresas ainda tem forças para seguir adiante.
Ao que tudo indica, esta será só mais uma entre as tantas crises que passamos e que saímos mais fortes.
Essa é a economia real.
Sucesso para todos!!
Fonte:
https://blog.nubank.com.br/taxa-selic/
https://www.infomoney.com.br/guias/taxa-selic/
https://classecontabil.com.br/a-inflacao-interna-e-sua-consequencia-na-vida-das-empresas/ https://www.sunoresearch.com.br/artigos/como-a-inflacao-afeta-as-empresas-aprenda-o-que-analisar/
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