Muitas empresas nascem de forma espontânea e crescem sem planejamento específico, principalmente quando surgem no ambiente familiar. Mas a competitividade no mercado exige um nível de trabalho mais qualificado.
A profissionalização entra em cena para eliminar o amadorismo da empresa familiar. O aspecto caseiro do negócio muitas vezes não oferece credibilidade para novos clientes e potenciais parceiros e investidores.
Isso pode ocorrer de duas maneiras bem simples: contratação de pessoas com experiência e aprimoramento das capacitações da própria família.
De qualquer forma, o objetivo é um só: fortalecer a cultura organizacional entre familiares e demais colaboradores.
Para atingir maiores e melhores resultados, uma empresa necessita romper a barreira de empresa exclusivamente familiar. A contratação de um quadro de funcionários qualificado auxilia na execução de tarefas diversas que - muitas vezes - os fundadores do negócio ainda não sabem exercer. Por exemplo, contabilidade e manutenção de computadores.
Seja por meio de cursos técnicos ou de graduação, um familiar pode buscar métodos para aprender conhecimentos especializados. Mesmo que seja para uma função que já sabe exercer, a capacitação pode trazer novas formas de efetuar o trabalho, aprimorando o desempenho individual e coletivo na empresa.
Colocar no papel missão, visão e valores cria uma identidade sólida para a organização. A partir disso, as rotinas administrativas e decisões da empresa seguem uma unanimidade em relação aos rumos a serem tomados.
Deve-se também estruturar a hierarquia de cargos adequadamente, conforme a capacidade e a competência de cada pessoa.
Para estabelecer um sistema de processos, regulamentações e hierarquias na empresa, a diretoria deve estabelecer a governança corporativa. A definição dessas normas cria uma estrutura estável a fim de auxiliar no cotidiano e no futuro da organização.
Além da gestão, a governança também visa o monitoramento e o incentivo no relacionamento entre os pilares da empresa, como conselho administrativo, acionistas e sócios.
Ainda que a equipe seja o bem mais valioso de uma empresa, os investimentos para a profissionalização devem ir além dos recursos humanos. Investir em sistemas de informática que facilitem diversas tarefas e burocracias contribui para uma dinâmica de trabalho e serviço mais ágil.
Softwares de gestão, bancos de dados digitais, redes sociais, entre outros, são ferramentas importantes e devem ser atualizados conforme as demandas da empresa.
A profissionalização visa também a longevidade da empresa, pensando em quem vai assumir o comando no futuro. Ou seja, organizar um plano de sucessão antecipadamente permite que o próximo líder da empresa tenha tempo suficiente para se profissionalizar.
A partir do momento que o sucessor sabe de sua jornada no futuro da empresa, já é possível ganhar experiência na empresa e para o cargo principal.
Dessa forma, a empresa permanecerá ativa nas próximas gerações, devido a um plano de sucessão bem executado por profissionais capazes.
Com a profissionalização em uma empresa familiar, a gestão desenvolve estabilidade para administrar o negócio. Definir rotinas, plano de sucessão, estratégias e novos projetos resultam na consolidação de uma estrutura duradoura. A partir dessa estabilidade advinda da profissionalização da empresa familiar, o empreendimento se destaca cada vez mais no mercado, firmando-se como um case de sucesso.
Além disso, buscar esse tipo de incentivo contribui para o crescimento da empresa, tanto para fortalecer o que já faz quanto para expandir o negócio.