Sentimento é o que o aprisiona ao fracasso. Experiência é o que você retira dele.
Imagine que você embarca no Brasil com destino à Itália. Quando aterrissa você enxerga a Torre Eiffel e descobre-se na França. Pelo sentido que damos à palavra fracasso, você acaba de passar por um. Porém, se você considerar que a França está muito mais próxima da Itália do que o Brasil, você tem um resultado. Certo; não é o que você queria. Agora é encarar o problema de frente. Encontrar um outro vôo, analisar as finanças, redimensionar o tempo. Quem sabe, visitar Paris. Ou, pelo menos, um passeio rápido.
Você pode sentar e chorar ou analisar sob um outro prisma. Não existe nenhum evento de que uma pessoa hábil não consiga tirar proveito. Não existe nenhum fato que alguém inábil não o transforme negativamente. Sentimento é o que acompanha o fracasso. Experiência é o que você retira dele.
Na próxima viagem você pode ter um cuidado redobrado. Não foi Deus ou o Azar que determinou o destino errado. Foi um conjunto de fatores que você não estava levando em consideração. Um dos maiores perigos é nossa tendência a achar que nada de mal pode nos acontecer. Uma excessiva autoconfiança. Misto de arrogância e autosuficiência. Um otimismo excessivo que se transforma em displicência. Ou, na maioria das vezes, não queremos analisar os problemas com medo de termos de desistir do que queríamos.
Muitas vezes somos conduzidos a eventos extremamente desagradáveis somente por não avaliarmos as forças externas. Ninguém se dispõe a atravessar um deserto sem um cantil de água. Levar o cantil e administrar seu conteúdo é de sua responsabilidade. Se não pode mudar o deserto, controle a água, caminhe à noite, administre suas energias, utilize a experiência dos outros.
Improvise, adapte, mas, acima de tudo, transfira o máximo de controle para você.