Uma combinação de propósitos das organizações, com ideias de pessoas que agregam valor e voz a produtos e serviços.
A integridade física e mental das pessoas em uma organização é de um valor inestimável, e deve ser preservada integralmente saudável, a todo custo!
Afinal é através de pessoas que o sistema se sustenta para produzir riqueza. No novo tempo em que vivemos, sobreviver no mercado com pessoas saudáveis e produtivas, está cada vez mais desafiador! Estamos aprendendo a conviver com uma economia bastante volátil; com direções incertas para tomada de decisão; análises de contexto e ambiente nas organizações cada vez mais complexos; forçando à leitura ambígua dos problemas mais simples.
Esse ambiente caótico de negócios vem sendo notado progressivamente, desde a globalização no início dos anos 2000. E agora em 2021, parece que chega ao ápice da sua curva de crescimento. Será que começará a diminuir a partir daí, confirmando o fim do seu ciclo?
Bill Gates disse que o mundo voltará ao normal em 2022. Devemos acreditar no homem que previu a pandemia do coronavírus há 5 anos? Eu acredito que nada mais voltará a ser normal, como antes da pandemia. Vivemos um normal diferente que se perpetuará até a próxima pandemia. A diferença na próxima, seremos nós, com a experiência adquirida com esta, para não cometermos os mesmos erros.
As crises estão se emendando umas às outras, formando ondas sem precedentes na história da humanidade, e se tornando cada vez mais profundas. São crises de toda natureza (políticas, econômicas, sociais, sanitárias, saúde, ambientais, morais, compliance, migratória, etc...). Mas, independentemente das crises advindas desse novo normal, preocupa a perda de conectividade entre as pessoas, manifestada com a ausência de pertencimento em seus locais de vivência, quer no trabalho ou fora dele.
A pandemia do coronavírus, tem obrigado as pessoas ao distanciamento social, forçando-as a um estresse inédito. O estresse por causa do trabalho é tão sério que, em 2019, passou a ser considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde OMS. E em graus extremos, pode virar Síndrome de Burnout, que representa um verdadeiro esgotamento físico e mental provocado pelo estresse constante.
Essa comorbidade, que nada mais é que um esgotamento físico e mental ligados a uma sobrecarga na jornada laboral, já afeta boa parte da população mundial. As notícias ruins não param de acontecer em cada canto, forçando ainda mais um sentimento doentio frente aos acontecimentos diários.
Isso impacta a economia como um todo, reduzindo abastecimentos de produtos primários, derrubando os mercados, causando inflação, desemprego e mais pobreza. O caos estará estabelecido, se nada for feito com a participação de cada um de nós. Devemos assumir o papel de liderança onde houver espaço para atuar com reformas profundas na sociedade. As medidas devem ser objetivas e direcionadas para a reorganização do sistema.
Tudo deve ser reconectado para não ocorrer novos desequilíbrios no sistema. A recuperação da crise deve ser rápida e precisa, como no desenvolvimento de novas vacinas, que são parte da solução de um dos problemas. A reconexão deve começar pelas pessoas, antes mesmo de atingir processos e sistema.
O reforço das medidas de prevenção agora devem ser permanentes. Com mais de um ano maciçamente praticado, o home office, por exemplo, já demostrou ser eficaz na melhoria da produtividade. Ele reconectou as pessoas ao seu habitat natural, que é a família e a comunidade, sem se desligar do trabalho.
E deve ser mantido em atividades que não exijam a presença física de profissionais no ambiente de trabalho. As atividades remotas até 2030, deverão ser implementadas com mais tecnologia que permitirão mais autonomia aos processos produtivos, tornando-os mais conectados.
Até lá o blockchain, juntamente com plataformas de rede em nuvem, tecnologia 5G de rede de internet móvel e a codificação única, deverá assumir o papel de liderança na tecnologia IoT (internet das coisas). Essa é a melhor sinalização para a longevidade dos negócios.
Conexões entre pessoas melhoram os níveis de saúde, felicidade e resiliência.
Isso é fato! Por outro lado, não devemos deixar de mencionar, que a ciência, psicologia e economia fornecem evidências que relacionam a conexão com saúde e a produtividade. Pesquisas mostram claramente que a conexão fornece uma vantagem competitiva e de desempenho para as organizações. Desta forma, ou de outra, a cultura de conexão veio para se integrar aos modelos de gestão, para torná-los mais robustos e anti-frágil, para que possam lidar com riscos, probabilidades e incertezas sem sucumbirem.
A nova ordem é ter todas as coisas conectadas a partir das pessoas, fortalecendo a mentalidade de conexão.
Referências:
Livro: Cultura de Conexão, 2ª Edição. A vantagem competitiva da identidade partilhada, empatia e compreensão no trabalho Michael Lee Stallard ATD, 2020.
Livro: Antifrágil (nova edição). Coisas que se beneficiam com o caos. Nassim Nicholas Taleb.
Artigo da BSB Times: Bill Gates prevê que a pandemia mudará o mundo destas 7 maneiras | BSB Times.