As MPE precisam investir em capital humano para se manterem competitivas Uma alta taxa de desemprego é um grande problema para a economia de qualquer país. No entanto, segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), oito das 27 Unidades da Federação apresentaram alta no índice de pessoas empregadas no segundo trimestre de 2023. O interessante desse dado é cruzar com outro estudo divulgado recentemente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com esse levantamento, sete em cada dez vagas de trabalho com carteira assinada, dentro do território nacional, foram criadas por meio de micro e pequenos negócios. A base do estudo foram os dados gerados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. As informações obtidas são de que, entre janeiro e maio de 2023, foram criados 865.360 empregos formais, sendo que deste total 594.213 foram criados por micro e pequenas empresas. Isso representa 70%. De acordo com os dados apresentados, vemos que as micro e pequenas empresas (MPEs) estão tendo uma grande participação na economia. O presidente do Sebrae, Décio Lima, em entrevista à Agência Brasil, disse que grande parte das MPEs brasileiras possui no máximo cinco colaboradores. Em um contexto de cerca de 22 milhões de pequenos negócios, as MPEs são fundamentais à economia, respondendo por cerca de 99% de todas as empresas que existem no país, 55% do conjunto total de empregos com carteira e quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) [soma de todos os produtos e serviços do país em um ano], comenta o presidente. Somente em maio, as MPEs representaram 70% dos vínculos empregatícios, o que representa um aumento de 2 pontos percentuais, em relação aos 68% registrados no mesmo período de 2022. O mesmo não pode ser dito das médias e grandes empresas. Ainda segundo o mesmo estudo, que revelou a importância atual das MPEs para a economia brasileira, as médias e grandes empresas (MGEs) não estão mais tão bem assim. Em maio de 2022, as MGEs geraram 22% de empregos formais durante o mesmo período de pesquisa. Mas, entre esse período de pesquisa e maio de 2023, foram registrados somente 15% de vagas criadas. A explicação é bastante simples. Ainda de acordo com o presidente do Sebrae, é natural que haja uma diminuição no investimento de mão de obra humana dentro das MGEs, por conta do maior capital para investir em novos métodos de modernizar os seus processos. As MGEs tendem a ser poupadoras de mão de obra em longo prazo. Já os pequenos negócios são intensivos em mão de obra, razão pela qual, nos momentos de crise, são os últimos a dispensar pessoal e, nos momentos de recuperação da economia, os que mais contratam, comenta Lima. Por conta disso, é essencial que as micro e pequenas empresas aprendam a se manter dentro do mercado, principalmente por conta da sua importância para a economia nacional. Então, manter uma boa gestão financeira imobiliária, ter um bom gerenciamento de pessoas, entre outros, são ações importantes. Podem parecer coisas simples, mas elas são extremamente importantes para quem possui um negócio e ainda pretende se manter dentro do mercado. Afinal de contas, quando não se tem um grande capital para se manter no mercado, é preciso ser bastante organizado.O que isso significa?
Mas e as médias e grandes empresas?
Por que esse movimento?
O que pode ser feito para manter esse cenário?