Manipuiera tupi Guarani: o que brota da mandioca.
Em 2017, uma chef renomada sabendo do projeto de Indicação Geografica com a Farinha de Mandioca do Litoral do Parana, solicitou que trouxéssemos, se fossemos a Guaraqueçaba, a manipueira. Perguntei a ela o que seria e a resposta foi que era o liquido derivado do processo da farinha de mandioca, e que depois de fervido viraria uma iguaria, chamada de Tucupi, usada para fazer deliciosos pratos.
Ao pesquisarmos descobrimos que a manipueira era descartada no meio ambiente, ou seja, um problema. A manipueira tem um grande potencial poluente de rios, lagos e lençóis freáticos, pois possui elevado teor de matéria orgânica e, se a raiz for da mandioca brava, ácido cianídrico, elemento tóxico poderoso capaz de comprometer as células nervosas de animais e homens. Assim, imaginem a poluição causada por uma farinheira que manipule uma tonelada de mandioca com a geração de 300 litros de manipueira! Mas, se tratado, esse liquido é considerado pelos cozinheiros famosos como um liquido Precioso, conhecido como TUCUPI.
www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/18147209/manipueira-um-liquido-precioso
E assim surgiu o projeto MANIPUEIRA: o Sebrae buscou a parceria da PUC e a Universidade Positivo para transformar esse até então desprezado produto em algo econômica, social e ambientalmente sustentável.
Quem passa a ganhar é o publico consumidor que a partir desse trabalho terá a oportunidade de resgatar as histórias dos nossos antepassados e experimentar produtos totalmente paranaenses.
Acompanhem o projeto porque teremos muitas surpresas em 2020!
Além de eventos com os maiores chefes do Brasil que farão pratos incríveis, também incentivaremos as pessoas a fazerem novos pratos e descobrirem novos sabores.
Aguardem!