A inovação também pode ser democratizada, isto é, exercida pelas pessoas e não somente por empresas. Principalmente quando se trata de inovação aberta, é importante lembrar que o papel de cada indivíduo pode fazer toda a diferença no processo inovador para a criação de valor. Com a crescente importância da tecnologia digital, os próprios consumidores e usuários de produtos e serviços podem se tornar peças fundamentais para os modelos de inovação mais abertos. Ao invés de esperar pelas novidades ofertadas pelas empresas, o usuário pode se antecipar e elaborar uma solução importante, e futuramente incorporar esta ideia a um produto manufaturado por exemplo. Não ocorre apenas na indústria de software, mas em produtos diversos de outros setores também. Um caso emblemático ocorreu na indústria automobilística para a construção do Fiat Mio que utilizou a Web 2.0 e obteve diversas ideias de usuários para a otimização desse carro enquanto era idealizado e construído. Enquanto as empresas estão preocupadas em atender um segmento do mercado por meio de estratégias, os usuários centralizam as suas energias na recriação ou modificação de um produto que utilizam, atuando de forma mais específica, menos genérica. Vale lembrar que as PMEs tem uma vantagem sobre as grandes na utilização de técnicas de inovação via usuário, já que normalmente são mais flexíveis e podem exercer maior controle na interação com seus clientes-usuários.