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Inovação aberta ou fechada?

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Inovação aberta ou fechada?
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Criado em 06 JUN. 2022
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Os ambientes de inovação são locais físicos criados com o objetivo de concentrar e facilitar o contato entre pessoas, organizações e ideias, estimulando assim a geração de novas soluções. Esses ambientes podem ser divididos em dois grandes grupos: os chamados ambientes de inovação aberta e os ambientes de inovação fechada.


Ambientes de inovação aberta são aqueles em que as pessoas, as organizações e as ideias estão livres para circular e se relacionar. Nesse tipo de ambiente, não há barreiras para o contato entre as pessoas e as organizações, o que facilita a troca de ideias e a geração de novas soluções.


A ideia é promover uma forma de inovação mais colaborativa e diversa. Nela, há o envolvimento de várias partes externas à uma empresa, como clientes, fornecedores, institutos de pesquisa, órgãos públicos, startups e outras empresas. Esse conceito representa uma verdadeira mudança na forma de pensar de muitos empreendedores.


Afinal, grandes negócios muitas vezes preferem guardar suas ideias como um segredo. Porém, a inovação aberta permite gerar valor à empresa por meio do compartilhamento de conhecimento. Vale destacar que essa estratégia é benéfica para todas as partes. Principalmente em tempos de crise, onde a colaboração é extremamente importante. Resumindo, trata-se de uma forma de inovação mais descentralizada e disruptiva.


os ambientes de inovação fechada são aqueles em que as pessoas, as organizações e as ideias estão restritos a um espaço físico determinado. Nesse modelo, a organização reúne os melhores profissionais do mercado na busca pelas soluções que darão as respostas inovadoras para os desafios apresentados internamente.


Aqui, estamos falando de empresas com grandes e potentes departamentos de pesquisa e desenvolvimento e inovação (P&D&I). Os avanços são tratados com muito sigilo, e as descobertas serão a matéria-prima de base para o desenvolvimento do novo produto, serviço ou até mesmo processo. Se todos os recursos investidos são os da empresa, todos os resultados também.


A companhia que opta pelo modelo de inovação fechada detém todos os direitos autorais e de propriedade intelectual daquilo que desenvolve o que nem sempre acontece com a inovação aberta. Nesse tipo de ambiente, da inovação fechada, as pessoas e as organizações podem ter mais facilidade para se relacionar, mas há barreiras que podem dificultar a troca de ideias e a geração de novas soluções, uma vez que o conhecimento pode muitas vezes permanecer restrito a um circulo fechado de pesquisadores.


É perceptível que tanto a inovação aberta quanto fechada possuem benefícios e limitações específicas, certo? Por conta disso, não podemos definir esses conceitos como excludentes, nem um, nem outro. Ou seja, eles podem coexistir para gerar benefícios a uma organização. Na prática, a inovação aberta pode atuar como um complemento à inovação fechada que ocorre internamente na organização.


Coexistência é a palavra chave!

Nas grandes empresas já existe esta coexistência entre inovação fechada e aberta, seja na pesquisa ou no desenvolvimento. Por exemplo, em uma indústria química é muito comum observar ações de P&D&I fechados, com a pesquisa de ponta dentro da empresa, com pesquisadores especializados de alto nível.


Muitos desses profissionais têm doutorado e em certo momento se conectam com o mercado em busca de mais soluções para o desenvolvimento, se relacionando com universidades, institutos de pesquisa e outros parceiros. É possível também, por uma questão de pesquisa ou de tecnologia, realizar o processo completo de inovação fechada até o momento em que lança a solução no mercado.


Depois então abrir essa tecnologia e dizer agora todo mundo pode cooperar comigo aí se torna inovação aberta. Outro formato é começar com a inovação aberta, por exemplo, com um hackathon em busca de soluções a um determinado problema. Várias ideias são iniciadas, outras vão ficando pelo caminho.

Muitas iniciativas são bacanas, mas para serem desenvolvidas, elas necessitam de maior profundidade, de pesquisa, laboratório e em segredo, até que acabam se tornando fechadas.


Vale conferir esse TED onde Charles Leadbeater tece uma forte argumentação em torno da ideia que a inovação já não é só para profissionais. Amadores com paixão, usando novas ferramentas, criam produtos e paradigmas que empresas sem interesse em novas estratégias jamais seriam capazes de criar.


Sua organização já inova? Qual o formato que ela utiliza? Como compartilha e busca conhecimento?





avatar RENATO ANDERCAO PEREIRA
Renato Andercao Pereira
Designer de inovação e desenvolvimento, movido pela paixão de transformar ideias em realidade. Como sócio e diretor de operação na Nectus, co-criou e implementou diversos projetos financiados por editais, licitações e premiações nacionais e internacionais. Com certificações em desenvolvimento de projetos para captação de recursos, também se especializou em planejamento tributário, inteligência fiscal, patentes e propriedade intelectual. Entusiasta de tecnologias emergentes, explora o universo do no-code e da inteligência artificial, buscando continuamente maneiras inovadoras de gerenciar projetos e automatizar processos.favorite_outline Seguir Perfil
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